Vera Zílio: Uma miudinha furiosa
Gaúcha por nascimento, brasiliense de coração, paulista de ocasião, Vera Zílio é daquelas pessoas que fazem amigos por onde a. E olha que ela …
Gaúcha por nascimento, brasiliense de coração, paulista de ocasião,
Vera Zílio é daquelas pessoas que fazem amigos por onde a. E olha que ela já ou por muitos veículos, empresas e cidades. Desde a estréia como estagiária do Diário de Notícias, ao momento atual, como gerente de comunicação institucional da Vivo em São Paulo, são mais de três décadas de mercado. "Cada oportunidade só surge uma vez na vida", frisa ao relatar sua trajetória que inclui agens pelas tevês Difusora, Guaíba e RBS, e a experiência como assessora de um ministro em Brasília. ou para o outro lado do jornalismo há cinco anos, quando entrou na então Telefonica Celular. Já estava até pensando em se aposentar quando viu que ainda tinha muito o que fazer. Estudou muito sobre comunicação empresarial e ficou fascinada pelo novo mundo. "Descobri que sou capaz de coisas que eu nem imaginava", destaca.
Vera se orgulha de nunca ter tido medo dos desafios. Nascida em Quatro Irmãos, município da região norte do RS, filha única de um casal de descendente de italianos, ou a infância em o Fundo e a adolescência em Porto Alegre. Do tradicional Colégio Americano, foi parar direto na borbulhante Famecos. Nos primeiros anos da década de 70, se foi para a Europa sozinha, descobriu o mundo, viu que tinha muita coisa para aprender, estudou na Espanha e se apaixonou pela Itália e pela Inglaterra. "Foi uma fase marcante no mundo e na minha vida, com a libertação da mulher e a modificação dos valores da sociedade. Todos deveriam ter vivido aquela época". Do alto do seu 1m57 de altura, se define como 'miudinha furiosa', defendendo que tudo o que se faz com gosto, fica bem feito. "Tenho muito gás", resume.
Sempre a mil
Vera sente falta do verde do Parque da Redenção e da 'bela vista' da janela do seu apartamento em Porto Alegre. São Paulo tem muito cimento e um trânsito caótico, mas ela procura aproveitar o lado bom, as inúmeras ofertas de cultura, curtindo um cinema ou teatro, visitando lojas, freqüentando restaurantes. Desde que se mudou, em março, se converteu em uma desbravadora com olhos de turista, como faz em todas as suas viagens. Foi assim que viu que o gigante de cimento poderia ser muito amigável. Um dos seus atempos preferidos é caminhar pela cidade, registrando momentos com sua câmera fotográfica. Ela leva uma vida muito movimentada. Todas as manhãs, calça o par de tênis, coloca o sapato de salto alto na bolsa, e percorre as dez quadras que separam o flat onde mora em São Paulo do escritório da Vivo. Além das caminhadas, não dispensa os alongamentos diários. Como nunca teve dificuldade para manter a forma, aproveita a vantagem para se deliciar nos bons restaurantes da cidade, principalmente os de culinária japonesa e italiana, suas preferidas. Está sempre cheia de compromissos profissionais, reuniões, palestras, viagens, por isso não tem hora para encerrar o expediente. Sua rotina também inclui duas viagens mensais a Porto Alegre, onde está fazendo MBA em Telecomunicações. Nessas visitas ao sul, aproveita para desfrutar do clima 'lar, doce lar' do seu apartamento na Bela Vista, que ela mobiliou e decorou com esmero e do qual não pretende se desfazer.
Um dia depois do outro
Vera está solteira e tem uma única filha. Maria Alice, de 28 anos, foi criada em meio às mudanças e toda aquela vida bem agitada. "Quando faltava babá ou não tinha com quem deixá-la, ela ia comigo para o trabalho", conta. Seduzida pela magia da televisão, a filha acabou virando jornalista, e atualmente trabalha e vive em Tóquio com o marido, que é diplomata. Netinhos para Vera, só depois de 2005, que é quando o casal planeja voltar para o Brasil. Mas, antes disso, ela vai aproveitar para fazer mais uma viagem - uma grande paixão - e conhecer o Japão. Já marcou suas férias para novembro: vai atravessar o mundo para comemorar o aniversário das duas. Não faz grandes planos para o futuro, mas sabe que "quando estiver bem velhinha", quer morar perto do mar. Enquanto esse dia não chega, procura viver intensamente. "Quando está bom, eu aproveito; quando está ruim, tento mudar". De acordo com a filosofia de que "tropeçar ajuda a andar mais firme", ela vai seguindo o seu caminho.