No fim do ano ado, o jornalista Diniz Júnior, de Rio Grande, organizou a expedição Bravo Zulu para a Antártica. Os registros da viagem serão, agora, reunidos em um mini documentário, livro e vídeos, que serão exibidos na internet. A aventura a bordo do navio Polar Maximiano da Marinha brasileira também contou com a participação do fotógrafo Guga Volks e do cinegrafista Thiago Piccoli Cunha.

O vídeo focará na ciência e nas pesquisas, assim como o livro 'Bravo Zulu: No Extremo do Mundo. Um dos destaques lembrados pelo jornalista foi o desafio de fazer a conexão em Santiago do Chile para Punta Arenas, onde era o ponto de partida para a expedição, onde o navio Maximiano da Fonseca estava. Diniz lembra que, na época, o Chile convivia com violentos protestos. "Por muito pouco, não embarcamos no navio da Marinha que nos aguardava, mas valeu o desafio", conta.

O projeto Bravo Zulu, segundo Diniz, nasceu em 2012 quando ele foi selecionado para participar de uma missão na Antártica. No entanto, a estação brasileira Comandante Ferraz foi destruída por um incêndio naquele ano e a missão foi cancelada. "Refizemos o projeto e foi aprovado pelo setor de Comunicação da Marinha em Brasília. A missão começou dia 27 de outubro e se encerrou em 20 de novembro de 2019", relembra.

Para Diniz, tem um lado que dificilmente aparece nas reportagens sobre a Antártica: "As pessoas nem imaginam as dificuldades que enfrentam os pesquisadores e o pessoal da Marinha. A vida dos marinheiros, que am meses a bordo dos navios antárticos; os mergulhadores que pulam na água gelada para empurrar os botes dos pesquisadores; os tripulantes e sua disposição ímpar. Militares e cientistas superam as dificuldades da rotina, do frio e do isolamento, e é todo esse esforço que garante a presença brasileira no continente fazendo as pesquisas. Esse será o foco principal do livro e do vídeo que serão produzidos", afirma o jornalista.