Comunicador cria personagem e faz charge para enfrentar coronavírus e mau humor

Terêncio, índio xucro de Bagé, nasceu pelas mãos e criatividade de Gilberto Alves Soares, de Bagé

Personagem Terêncio - Divulgação

A fim de enfrentar coronavírus e mau humor, o comunicador Gilberto Alves Soares revive sua infância em Bagé e criou o personagem Terêncio, índio xucro de Bagé. As charges são publicadas nos seus perfis do Facebook e Instagram, normalmente duas vezes por semana. Natural de Bagé, o autor trabalha com comunicação desde 1974 e dirige a agência Agea Marketing e Comunicação, de Lajeado, desde 1993.

"A caminhada até aqui foi enriquecedora e cheia de desafios. Mas nenhum semelhante aos trazidos pela pandemia. Pensando em como trazer algum alento e meio a tanta tristeza, mergulhei de cabeça na adolescência em Bagé, minha terra natal, e de lá saquei um personagem para enfrentar o Coronavírus e o mau humor", explica Soares. 

O personagem, de acordo com o comunicador, é parte de sua memória afetiva. "O gaúcho típico tão comum nas ruas de minha cidade natal e predominante nas chácaras e estâncias. É o peão quase solitário frente a um infinito estendido até o horizonte. Um sobrevivente ao frio, ao calor e às vicissitudes de um país tão desigual", relata. "Transformado em personagem, é mensagem cheia de humor, é crítica, é ironia. É manifestação de humanidade para fazer frente a estes tempos de mau humor. Quanta pretensão, né! Mas o Terêncio é um heróis contra o "corona"", completa.

As charges, conforme ele, vão virar, inclusive, livro. "Adoro escrever e desenhar. Também sou apaixonado por livros e HQs. O livro é consequência natural e, às vezes, precisamos rir de nossos medos", registra. O título já está diagramado com as publicações atuais e tem 36 páginas até o momento. A ideia é imprimi-lo até outubro.

Comments