Serra diz que obras no RS seriam feitas se fosse o presidente

Ex-governador de São Paulo foi o palestrante na reunião almoço da Federasul

Foi literalmente com um discurso de pré-candidato que o ex-senador e ex-governador de São Paulo José Serra participou nesta quarta-feira, 9, da reunião almoço promovida semanalmente pela Federasul. A manifestação de Serra foi em boa parte pontuada por críticas à istração do PT no governo federal. Afirmou que, caso tivesse vencido as eleições de 2010, o Rio Grande do Sul, estado em que teve votação expressiva, seria beneficiado com importantes obras. "Aqui tem, pelo menos, quatro grandes obras vitais para o desenvolvimento do Estado: o sistema hidroviário, o sistema de metrô em Porto Alegre e de trens no interior e a ponte sobre o Rio Guaíba, que ficaram só no anúncio", disse.
Serra negou que seu partido, o PSDB, já tenha definido quem será a cabeça de chapa na disputa pela presidência da República em 2014. Segundo ele, o tema só será confirmado a partir de março e garante que trabalha a alternativa de derrotar o PT e oferecer ao Brasil um outro rumo. Ele apontou como um fator "extremamente inesperado" a união de Marina Silva e Eduardo Campos, no PSB. Ao falar sobre a oposição no Parlamento, Serra reconheceu que não é fácil estar nesta situação quando se é minoria no Congresso Nacional. Na saúde afirmou que o Programa Mais Médicos é uma cortina de fumaça, e na educação disse que "o Brasil está perdendo o bonde da história embora tenha aumentando os gastos neste sentido".
O presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, lembrou que em todo o processo, ficaram mudanças não realizadas e que nenhum dos governos teve disposição ou força suficiente para implementar. "O Brasil sofre até hoje com a maior carga tributária entre os Países emergentes, que chega a quase 40% do PIB nacional e bate recordes sucessivos de arrecadação", apontou. E encerrou declarando que é possível o Brasil avançar, no sentido de estabelecer uma agenda mínima de mudanças necessárias, independente de quem esteja na presidência da República a partir de 2015.
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