Segunda fase do projeto 'Histórias e vivências dos Kaingang' acontece neste sábado

Ação se inicia às 8h, em Canela, com exposição de artesanato típico, incluindo cestaria feita de taquaras e cipós nativos

Projeto 'Histórias e vivências dos Kaingang' acontece em Canela - Amalia Brandolff

Neste sábado, 19, acontecerá a segunda fase do projeto cultural 'Histórias e vivências dos Kaingang', promovido pela própria aldeia indígena da região das Hortênsias e dos Campos de Cima da Serra. As ações começarão às 8h, com exposição de artesanato típico, incluindo a cestaria feita de taquaras e cipós nativos, na Feirinha Ecológica (Danton Correa da silva , 400, em Canela). 

Neste mesmo local, até às 12h, será vendido o recém-lançado livro infantil 'A araucária e a gralha-azul: uma história dos antigos kaingang', escrito pelo cacique Mauricio Salvador e por Ana Fonseca. O chefe da tribo também capacitará professores da rede pública municipal de Gramado, a fim de ampliar a difusão de conhecimento.

Das 14h às 15h30, na Flona, local da aldeia Kogúnh Mág, será realizado o workshop de ervas medicinais, ministrado pelo kujã Pedro Garcia, líder espiritual desse povo indígena. O curso possui apenas 20 vagas e os interessados devem se inscrever por este link.

O grupo Jag Tyg Fy Kóg encerrará as atividades do dia, com uma apresentação de dança a partir das 17h. Com entrada gratuita, a exibição ocorrerá na Reserva Particular do Patrimônio Natural Federal Bosque de Canela, localizado próximo à Flona.

O projeto

Aprovado no edital FAC Expressões Culturais 2022, do governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Sedac), o projeto 'Histórias e vivências dos Kaingang' é uma iniciativa da própria aldeia. Ao compartilhar as histórias e vivências, a  intenção é fortalecer o povo e preservar as expressões culturais e as tradições indígenas Kaingang do sul do Brasil.

Além disso, as ações possibilitam uma relação mais humanizada com a comunidade, bem como mostra as formas desse povo se relacionar com a natureza e suas compreensões de existência. "Esta experiência vai auxiliar em um processo contínuo de romper com preconceitos e julgamentos, que estão enraizados no senso comum, e que foram provocados pelo processo de colonização ocorrido nestas terras da serra gaúcha", afirma o Cacique Maurício.

A primeira etapa ocorreu com a exibição de um filme, com sessão de bate-papo e contação de histórias para alunos de escolas municipais e acadêmicos da Universidade de Caxias do Sul (UCS). 

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