RS é o estado que possui mais redes associativas e centrais de negócios
Levantamento foi divulgado pelo Observatório Brasileiro de Redes e Centrais de Negócios, em colaboração com a empresa Área Central

Um estudo realizado pelo Observatório Brasileiro de Redes e Centrais de Negócios, em colaboração com a empresa Área Central, revelou que o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que mais possui redes associativas e centrais de negócios. Com um total de 93, a região compreende 18,16% das organizações ativas em todo o Brasil, à frente de São Paulo, com 90, e Minas Gerais, com 82.
O responsável por liderar o levantamento é o pesquisador e professor Douglas Wegner, da Fundação Dom Cabral (FDC). O mapeamento atual mostra que o País abriga um total de 512 redes e centrais de negócios, envolvendo mais de 25 mil empresas. Porém, vale lembrar que o Rio Grande do Sul já se destacava em 2019, quando contava com 76 empreendimentos conhecidos no setor.
Desde então, o número cresceu substancialmente, incluindo mais 17 grupos empresariais no mapeamento, totalizando os atuais 93 negócios. Esse aumento demonstra um notável fortalecimento das iniciativas associativas no Estado. No Sul do Brasil, Santa Catarina ainda possui 45 negócios do tipo, enquanto o Paraná soma 35, ocupando a quarta e sexta posição, respectivamente.
Para Douglas, o setor se mostra mais consolidado na região, pois houve um programa público de apoio à formação de redes que contribuiu de maneira muito significativa para esse número. "Já no Sudeste, pela questão demográfica e número de empresas, a região foi e continua sendo um campo fértil para a formação de redes. Os exemplos bem-sucedidos nessas regiões também fazem com que mais empresas procurem o associativismo empresarial como forma de obter melhores resultados", sinaliza o pesquisador.
Cenário gaúcho
Ao observar o cenário dentro do Rio Grande do Sul, o setor de Supermercados lidera, contando com 17 grupos empresariais mapeados. Em seguida, estão as lojas de materiais para construção e farmácias, ambos com nove empreendimentos. Destacam-se também as redes nos setores Moveleiro e de Autopeças. Além disso, o estudo revelou a presença de quatro entidades de fomento ao associativismo que contribuem para o desenvolvimento dessas redes e centrais de negócios, incluindo o Governo do Rio Grande do Sul e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
De acordo com Jonatas da Costa, CEO da Área Central, que abriga mais de 200 redes e centrais de negócios em sua plataforma de gestão especializada, o crescimento deste mercado, tanto no Estado quanto no País, está diretamente relacionado à popularização e clareza dos benefícios desse modelo de negócios entre os empreendedores. "Hoje um dos principais chamarizes do segmento é a possibilidade de realizar compras conjuntas de produtos e serviços, na qual o poder de barganha do varejista é maior junto aos fornecedores de insumos e produtos que, posteriormente, serão vendidos para o consumidor", salienta.
Isso representa um impacto direto sobre os custos e os lucros das empresas. "Outros destaques são as possibilidades que os grupos oferecem para o desenvolvimento mútuo dos associados, como a oferta de serviços diferenciados e oportunidades de capacitação, marketing, inovação, o a conhecimentos de mercado, tecnologia e atividades de apoio", finaliza Jonatas.