Piratini chama Conselhão para tratar da reestruturação da dívida

Governo quer pressionar Senado pela aprovação do projeto que reduz os juros

Uma reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) foi convocada para as 9h30 desta quinta-feira, 13, para debater a importância da aprovação pelo Senado Federal do projeto de Lei 238/2013, que trata da mudança dos critérios de indexação dos contratos de refinanciamento da dívida celebrados entre a União, Estados e municípios. Além dos conselheiros e conselheiras, o governador Tarso Genro, que preside o Conselhão, está convidando ex-governadores, senadores e ex-senadores, deputados federais e estaduais, organizações da sociedade civil, para manifestação conjunta pela sua aprovação.
O projeto em tramitação no Congresso Nacional altera o índice de correção da dívida de IGP-DI para o IPCA, e reduz os juros da dívida de 6% para 4% ao ano (ou a taxa Selic se for menor). Sua votação pelo plenário do Senado estava prevista para ocorrer no início de fevereiro, mas foi transferida. O Conselhão já emitiu posição em duas oportunidades - em março de 2012 e em dezembro de 2013 - em favor da reestruturação da dívida do Rio Grande do Sul com a União por entender que a alteração da taxa de juros e do indexador atual não encontram fundamento na atual realidade econômica e financeira do País.
Corrigida pela fórmula atual, a dívida já aumentou 247,7% desde 1998, quando foi firmado o acordo. No contrato da época ficou combinado que as parcelas mensais não poderiam ar de 13% da receita líquida real e que as sobras também seriam corrigidas e pagas a partir de 2028. Atualmente a dívida supera os R$ 40 bilhões, sendo que após 2028 pelo atual indexador ainda restaria um resíduo superior a R$ 30 bilhões. Com a renegociação, o Estado continua pagando 13% da receita até 2028, mas abre espaço fiscal imediatamente e poderá chegar ao final do acordo com o saldo zerado.

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