As perspectivas para o cenário político brasileiro pautaram o seminário Business Affairs - Encontros de Presidentes, organizado pela Amcham Porto Alegre. No encontro, que ocorreu na noite desta terça-feira, 22, na sede da Amcham, Thiago de Aragão, diretor de Estratégia da Arko Advice - empresa brasileira de análise política -, liderou o evento que reuniu diretores e presidentes de importantes empresas regionais e nacionais.
Para o sociólogo pela PUC e especialista em análise de risco político o cenário nacional é "complexo". Ele foi pessimista ao falar sobre as previsões para 2017, tanto no âmbito político, como no econômico, e ressaltou a importância dos movimentos populares. "Não tem nada que coloque mais medo no Congresso do que a pressão popular. Conquistas como a Lei da Ficha Limpa são resultado da indignação do povo", garantiu.
Thiago Aragão afirmou que a crise do País deve se manter pelos próximos dois anos e destacou que o presidente Michel Temer "não é global" e que não representa um líder com grandes parcerias internacionais. Sobre o cenário no Sul do País, Thiago foi assertivo. "Os estados sempre estiveram quebrados. A diferença é que antes o País sempre esteve rico. Agora, o Rio Grande do Sul está colhendo o que plantou há muito tempo", analisou.
O especialista disse, também, não estar surpreso com a onda de conservadorismo que vem tomando o Brasil. "Quando temos um excesso de abertura, o mundo tende a buscar o oposto. Quanto mais liberdade, mais o mundo busca conservadorismo", explicou.