Pedro Simon quer proibir candidato com ‘ficha suja’ na eleição

Senador também defendeu o financiamento de público de campanhas e a prioridade nos julgamentos dos processos destes candidatos

Ao comentar nesta quarta-feira, 12, o projeto de reforma eleitoral aprovado na Câmara dos Deputados e enviado ao Senado (PLD 141/2009), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu o financiamento público de campanhas; a proibição de inscrição de candidatos com ?ficha suja? de participar das eleições e a prioridade nos julgamentos dos processos destes candidatos. "A crise atual no Senado comprova que é preciso fazer uma verdadeira limpa, aproveitando as próximas eleições", afirmou Simon.
O texto em debate na audiência pública promovida pelas Comissões de Justiça e de Ciência e Tecnologia do Senado, da qual participou o ministro da Defesa Nelson Jobim, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prevê que as doações podem ser de particulares, como já vem ocorrendo atualmente, mas não sejam mais destinadas aos candidatos e sim a partidos políticos, que se encarregariam da distribuição dos recursos.
Na opinião de Pedro Simon, o projeto dá força aos partidos políticos, que estão ando por um momento difícil. "Se não dermos força aos partidos, não chegaremos a lugar algum". Para o senador, o sistema eleitoral exige atualmente "uma mudança radical", que contemple a proibição de candidatos com ?ficha suja?, conforme prevê a Constituição, que recomenda à justiça eleitoral a análise da vida pregressa dos candidatos.
O ministro Nelson Jobim, sugeriu uma revisão dos procedimentos dos tribunais eleitorais em relação ao julgamento de processos dos chamados "candidatos fichas-sujas", de maneira a que esses julgamentos sejam apressados. Jobim também se posicionou contrário à possibilidade de impressão do voto digitado nas urnas eletrônicas, previsto para as eleições de 2014 na reforma em debate. Segundo o ministro, o procedimento seria "uma regressão, uma vez que a tecnologia da urna eletrônica é confiável".

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