Parlamento promove em homenagem a Oswaldo Aranha

Evento lembrou os 120 anos de nascimento do estadista gaúcho

Um que reuniu autoridades, políticos e especialistas na vida de Oswaldo Aranha marcou a agem dos 120 anos de nascimento do político e estadista. O evento foi promovido pela Assembleia Legislativa na noite dessa quarta-feira, 19, e, segundo o presidente Gilmar Sossella, serviu para destacar a importância do homenageado na articulação da Revolução de 1930, despertando a iração de Getúlio Vargas, que o nomearia mais tarde ministro da Justiça e da Fazenda, período em que colocou em prática um ousado plano para acabar com a dívida externa do País.
"Da nossa querida Alegrete, Oswaldo Aranha saiu para escrever seu nome na história do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo, ocupando funções de intendente, deputado, secretário de Estado, ministro e embaixador, desenvolvendo uma trajetória profissional e política completa, marcada pela conduta ilibada, à frente da qual sempre estiveram os interesses da população", ressaltou Sossella, ao se pronunciar na abertura do .
O primeiro ista da noite, Wremyr Scliar, mestre em Direito e especialista em Direito Político, destacou a trajetória  épica de Oswaldo Aranha e salientou que o homenageado era uma figura ímpar, não só do Rio Grande do Sul, mas do Brasil. "Ele reúne uma fantástica formação e se torna um caudilho, colocando em prática suas ideias no Alegrete, quando chegou a chefiar uma tropa de mil provisórios. Ele também torna-se o grande estrategista da Revolução de 1930 e o grande diplomata da Aliança Liberal", relatou o ista.
Oswaldo Aranha representou o Brasil na segunda Assembleia Geral da ONU, que decidiria a partilha da Palestina. "Sem a presidência de Oswaldo Aranha na Assembleia Geral da ONU, o Estado de Israel não teria nascido, pois ele era um aglutinador, monopolizador e um estrategista no melhor sentido do termo, além de ser um homem fascinante. Para o Rio Grande do Sul, para o Brasil e, especialmente para Israel e para os judeus do mundo inteiro, Oswaldo Aranha é uma figura central", concluiu Scliar, ele próprio de origem judaica. 
O segundo ista da noite, Luiz Aranha Correa do Lago, neto de Oswaldo Aranha e autor do livro "O Rio Grande do Sul na Revolução de 30", enumerou as contribuições do avô para o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo: ter sido o principal líder civil da Revolução de 1930;  ter sido, como ministro de Relações  Exteriores, a pessoa que colocou o País ao lado dos aliados e contra o Eixo; e, no plano internacional, ter presidido a Assembleia Geral da ONU que decidiu pela partilha da Palestina. No plano pessoal, o ista enfatizou o fato de Oswaldo Aranha ter permanecido ao lado de Getúlio Vargas até o último momento.
O foi coordenado pelo jornalista Armando Burd, e faz parte do projeto do "Gaúchos da História", que irá homenagear personalidades que se destacaram na política nacional e tiveram agem pelo Parlamento gaúcho. O diretor do Memorial do Legislativo, Márcio Farias, adiantou que outros encontros serão realizados ainda este ano para homenagear políticos do quilate de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel de Moura Brizola. Ele explicou que a exposição  "Cronologia sobre a Vida Pública e Política de Oswaldo Aranha" será levada a 11 escolas no Rio Grande do Sul que homenageiam o estadista e político gaúcho.
A exposição "Cronologia sobre a Vida Pública e Política de Oswaldo Aranha", com banners e textos sobre os fatos mais marcantes, permanece no Memorial do Legislativo (Rua Duque de Caxias, 1029) até esta sexta-feira, 21. No dia 24, a exposição será transferida para o Espaço dos Municípios, na entrada do Palácio Farroupilha.

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