A ONG Parceiros Voluntários e Fundação Telefônica Vivo começaram ontem, 29, a entrega da Cesta Básica Digital em Porto Alegre. A ação foi realizada no Centro Social Marista N. Sª Aparecida das Águas, onde atendeu 80 das 300 famílias em situação de vulnerabilidade social selecionadas pelo projeto. A iniciativa liberará auxílio alimentação no valor total de R$ 300 por família, divididos em três parcelas de R$ 100 (outubro, novembro e dezembro). 

Uma das beneficiadas foi Ireni Aires, que é líder comunitária há 28 anos. Moradora da ilha, ela divide a casa com um neto, um filho desempregado e a nora grávida. "Temos que agradecer tudo que está sendo feito. É um momento difícil com a redução das oportunidades de trabalho. Temos um histórico de atuação com reciclagem, mas com as redefinições causadas pela construção da nova ponte até isso ficou mais difícil", avalia.

De acordo com o Irmão Diego Lunkes, que está à frente do Centro Social Marista N. Sª Aparecida das Águas, a iniciativa faz parte do processo de transformação que se pretende para as comunidades mais carentes. "A transformação nos completa. É isso que queremos fazer com essa ação. Apesar desse contexto difícil, das máscaras e do distanciamento, estamos juntos. E essa união nos permitiu ter esses grandes parceiros que nos ajudam na comunidade", avalia.

Segundo o presidente da ONG Parceiros Voluntários, Daniel Santoro, essa ação é fundamental em tempos de distanciamento e reforça o compromisso da iniciativa privada com o papel social que o mercado contemporâneo exige. "Não estava no escopo inicial da Fundação Telefônica esse novo aporte, mas a sensibilidade em fazer conexões, descobrir e costurar interesses em comum entre organizações e pessoas foi fundamental neste novo tempo que pede o compromisso de todos", conclui. 

Para Laiana Souza, gerente de Relações Institucionais da Fundação Telefônica Vivo, é importante olhar para a sociedade como um todo e acreditar no poder da solidariedade e da união para melhorar esse cenário neste momento de combate à Covid-19. "Nossas ações visam não só reforçar nosso papel de apoiar a Educação, mas também contribuir para outras áreas essenciais que estão mais vulneráveis neste contexto, como a saúde e a garantia à alimentação", afirma. 

Também farão parte do projeto os bairros Arquipélago, Serraia, Lageado, Anchieta, Lami, Mário Quintana, Chapéu do Sol, Lomba do Pinheiro, Farrapos, Cascata, Agronomia, Bom Jesus, Belém Velho, Restinga, São José, Santa Teresa e Belém Novo. Além disso, para as famílias participarem elas não podem estar recebendo auxílio emergencial pelo governo federal e não podem ter sido contempladas  no projeto Segurança Alimentar RS.