O processo de implantação do Metrô de Porto Alegre terá nova etapa de Proposta de Manifestação de Interesse (PMI). O instrumento é utilizado pelo setor público para obter no mercado estudos de viabilidade sobre projetos de infraestrutura a serem executados. O anúncio foi feito pelo prefeito José Fortunati, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 15, depois de concluído o trabalho técnico a partir da primeira PMI solicitada. Dois estudos foram entregues no dia 7 de fevereiro de 2013, sendo que um deles, da empresa Brusten P.M., foi descartado por não apresentar os itens mínimos previstos no edital.
A outra proposta, do Consórcio Invepar/Odebrechet, foi analisada pelos técnicos. O projeto contemplou a construção do Metrô pelo método Shield (tatuzão), que prevê a escavação profunda mecanizada. Para o prefeito, esta seria a opção que causaria menor impacto na mobilidade, no entanto, o alto custo a torna inviável. "Por isso optamos pela construção do Metrô no método cut and cover (corta e cobre)", afirmou Fortunati. Por esse sistema, a escavação é mais rasa a partir da superfície. Com os recursos atualizados desde o lançamento do projeto (R$ 2,4 bilhões), a prefeitura trabalha com o orçamento de R$ 3,085 bilhões, enquanto o valor levantado pelo consórcio foi de R$ 9,5 bilhões.
Baseado em um modelo de integração com os sistemas de BRTs e com o Trensurb, o metrô de Porto Alegre deve ter uma extensão de 14,88 quilômetros. Na fase 1, 13 estações serão distribuídas entre as proximidades da Esquina Democrática e da Fiergs, na zona Norte da Capital. Estima-se que o transporte atenda diariamente 300 mil usuários, ampliando a oferta de transporte coletivo e estimulando a redução do uso do automóvel. O trajeto compreenderá as Avenidas Borges de Medeiros (extensão Rua da Praia), Voluntários da Pátria, Farrapos, Cairu, Brasiliano de Moraes e Assis Brasil.