Fiergs divulga pesquisa 'Sondagem Industrial RS' de março

Estudo mostra que produção e ofertas de emprego estiveram em alta nas empresas gaúchas, enquanto a ociosidade diminuiu

Os índices variam de zero a 100 pontos, sendo que pontuações acima de 50 indicam crescimento em relação ao mês anterior - Créditos: Reprodução

Foi divulgada, nesta semana, a pesquisa 'Sondagem Industrial RS', de março, concebida pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). O estudo mostra que a produção e oferta emprego estiveram em alta nas empresas gaúchas, enquanto a ociosidade diminuiu. Contudo, aponta-se, ainda, que não foi possível ajustar os estoques, que continuam acumulados e se distanciaram mais dos níveis planejados. 

Conforme o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, a falta ou o alto custo das matérias-primas permanece como o maior problema enfrentado no primeiro trimestre de 2022, apesar de menor na comparação com o trimestre anterior. "As condições financeiras e as margens de lucro das empresas se deterioraram entre janeiro e março, principalmente em função da elevação no preço dos insumos e das restrições para o ao crédito", afirma. 

Gilberto Petry enfatiza também que nos próximos meses, "os empresários gaúchos esperam aumento da demanda e do emprego, mas estão menos otimistas, o que afeta a intenção de investir." O indicador da produção no terceiro mês de 2022 atingiu 55,7 pontos, 3,3% mais alto que a média histórica do mês, desde 2010. Isso significa que o aumento da produção foi mais intenso e abrangente do que o esperado para o período. 

A oferta de emprego, da mesma forma, superou a estabilidade sugerida pela média histórica do mês, de 50,2 pontos. Ao alcançar 51,8 pontos, registrou-se a 21ª alta consecutiva. Os índices variam de zero a 100 pontos, sendo que pontuações acima de 50 indicam crescimento em relação ao mês anterior.

Estoque e matéria-prima

Mesmo que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) na indústria gaúcha tenha chegado a 74% em março, dois pontos percentuais acima de fevereiro e três da média histórica do mês, os empresários consideraram a utilização abaixo do normal, ainda que mais próxima do que em fevereiro. O índice de UCI em relação ao usual cresceu de 46,4 para 48,5 pontos no período. Os 50 pontos, nesse caso, expressam o nível de UCI usual.

Os estoques de produtos finais na indústria no mês ado continuaram em níveis excessivos, de acordo com a pesquisa. O índice de estoques planejados alcançou 52,7 pontos. A indústria registra acúmulo de estoques desde outubro de 2021.

De janeiro a março de 2022, a Sondagem Industrial revelou ainda que, pelo sétimo trimestre consecutivo, a falta ou o alto custo das matérias-primas se manteve como o maior problema enfrentado pela indústria gaúcha, como consequência das restrições nas cadeias de suprimento. Porém, o percentual de assinalações, em 60,5%, é o menor desse período, 6,9 pontos percentuais abaixo do último trimestre de 2021.

Mais informações e a pesquisa completa neste link.

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