A Câmara dos Deputados realizará no próximo dia 14 Sessão Solene para homenagear os 50 anos de fundação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS). Na justificativa do autor da proposta, o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), a iniciativa se dá  pela representatividade da entidade junto ao homem do campo. A Fetag-RS representa cerca de 1,5 milhão de agricultores e pecuaristas familiares e assalariados rurais e defende propostas como a mobilização contra a informalidade no campo e a luta pela garantia dos direitos trabalhistas e previdenciários, de renda, de crédito e de moradia.
A Fetag-RS foi fundada em 6 de outubro de 1963, por representantes de sindicatos de trabalhadores rurais de Caxias do Sul, Porto Alegre, Taquari, Veranópolis, Antônio Prado, Santa Rosa, Torres e Farroupilha. O começo de sua história foi marcado pela defesa do movimento sindical e da Reforma Agrária, pela luta por melhores preços para os produtos agrícolas, pelo cumprimento da legislação trabalhista e pela equiparação de direitos entre trabalhadores urbanos e rurais.
Segundo Marchezan, a Fetag conseguiu juntar todas as matizes políticas
sem se partidarizar nem deixar de representar os princípios e valores que levaram à fundação do primeiro sindicato. Entre suas principais conquistas destaca-se a inclusão efetiva das trabalhadoras rurais no movimento sindical; a organização e o fortalecimento da juventude rural; a realização do primeiro Grito do Campo, em Porto Alegre; a garantia dos direitos previdenciários na Constituição Federal; a instituição de políticas de crédito diferenciadas, inclusive, para aquisição de terra; e a criação da Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf) e seus programas de habitação rural.
Atualmente, a entidade conta com mais de 350 sindicatos filiados, abrangendo 431 municípios gaúchos, organizados em 23 regionais sindicais. Os 50 anos de história demonstram a organização, a mobilização e o reconhecimento da Fetag-RS perante a sociedade e governantes. Hoje, os principais desafios da entidade são a garantia de melhores condições de habitação, a formação de lideranças, a inovação das ações do movimento sindical, e, especialmente, a permanência e o retorno do jovem para o campo.