O levantamento da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) aponta que 102 prefeituras enfrentarão dificuldades para pagar o 13º salário dos servidores municipais. A pesquisa, que contou com a resposta de 459 municípios, mostra as três medidas mais utilizadas pelos gestores para fechar as contas no fim do ano e cumprir com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Conforme os dados, 77,5% dos prefeitos cortaram horas extras e diárias e reduziram despesas istrativas e 74,5% deles restringiram viagens e cursos.
"Deveríamos estar falando em novos investimentos, mas estamos contando os trocados para cumprir com as tarefas básicas da istração municipal", disse o presidente da Famurs e prefeito de Santo Ângelo, Valdir Andres.
Mais da metade das prefeituras, cerca de 53%, cortou os gastos com publicidade, assim como o contingenciamento orçamentário (45,3%). A população de 37,5% dos municípios foi afetada com o corte de serviços básicos, como operação tapa-buracos, manutenção dos calçamentos, da iluminação pública e das estradas vicinais, oferta de medicamentos especiais e agendamento de consultas especializadas, entre outros itens.
Também de acordo com o levantamento da Famurs, algumas prefeituras podem paralisar em dezembro. O atendimento em 31,4% dos municípios já é em apenas um período do dia. A redução de Funções Gratificadas (FGs), Cargos de Confiança (CCs), secretários e outros atingiram 30,3% dos municípios.