Estudo mostra que classe C foi a que mais migrou para o e-commerce durante pandemia

Pesquisa da CDL Porto Alegre revela como consumidores têm reagido à pandemia

Estudo revela novos hábitos de consumo - Divulgação

A fim de entender os impactos do isolamento social na vida dos consumidores porto-alegrenses, a CDL Porto Alegre lançou a pesquisa 'Em meio à pandemia'. Um dos objetivos do estudo, realizado pela Vitamina Pesquisa, é compreender as alterações e intenções de comportamento de consumo durante a pandemia e revela as interferências da crise do coronavírus nas tendências de mercado previstas para este ano. 

Uma das revelações do levantamento é que a classe C foi a que mais migrou para o e-commerce durante este período de isolamento social. A pesquisa também mostra que não houve mudanças significativas no comportamento do consumidor, mas na intensidade em que esses movimentos estão sendo vividos, como uso de inteligência artificial, maior consumo de conteúdo em menor tempo, mais liberdade de locomoção, adesão aos movimentos de inclusão social, necessidade de autocuidado, casas multifuncionais, experiências personalizadas, valorização de produtos locais, reuso associado à sustentabilidade, preocupação com o meio ambiente. De acordo com o levantamento, a pandemia reforçou o papel do lar e certificou que esse é o lugar mais seguro para as pessoas hoje. 

Muitos entrevistados revelaram que estão mais preocupados com a saúde mental e finanças, visto que que mais de 80% responderam que aram por algum tipo de interferência monetária na pandemia. A pesquisa mostra, ainda, que cerca de 41% dos consumidores tiveram médio impacto na renda durante a crise, 28% tiveram alto, 18% não tiveram e 13% tiveram baixo. Daqueles que mantiveram a renda, 38% estão trabalhando presencialmente e 26% estão trabalhando de casa. A parcela de ociosos corresponde a 36% - já que 19% não estão trabalhando, devido à pandemia, e 17% não trabalham.

Dos entrevistados, 65% não tinham reserva financeira para atravessar este período, 22% tinham, mas não precisaram usar, e 13% tinham e usaram. Os que dizem não ter tido impacto na renda são, em sua maioria, da classe A, com destaque para funcionários de empresas privadas, funcionários públicos e aposentados.

Por fim, o estudo mostra que a crise modifica o sistema de consumo direta ou indiretamente, pois, ainda que não haja alteração de renda em uma família, o ciclo de amigos ou familiares podem ter sido afetados, influenciando no consumo de maneira geral.

Veja a pesquisa completa neste link.

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