Entidades empresariais entregam carta ao Governo
Documento traz apelo por medidas urgentes em relação ao modelo da Substituição Tributária no Estado
Entidades empresariais do Rio Grande do Sul entregaram nesta quarta-feira, 5, uma carta ao Governo do Estado, na qual oficializam o apelo por medidas urgentes em relação ao modelo da Substituição Tributária no Rio Grande do Sul. Um estudo realizado pelo Sebrae-RS apontou que a adoção do modelo está trazendo prejuízos para micro e pequenas empresas. O ato ocorreu durante encontro da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas (FPMPE) da Assembleia Legislativa do Estado, e o encontro foi coordenado pelo presidente da FCDL-RS e do Sebrae-RS, Vitor Augusto Koch.
O documento foi assinado pelos presidentes de entidades representativas de diversos setores no Estado, como Fiergs, Fecomércio-RS, Federasul e Farsul. "Não somos contra a Substituição Tributária, mas a forma como ela está operando tem gerado problemas muitos sérios para micro e pequenas empresas, fazendo com que elas sejam menos competitivas. Em casos de liquidações, por exemplo, o cenário fica ainda mais crítico porque os empreendedores não conseguem recuperar valores já pagos", declarou Koch. Segundo o coordenador da FPMPE, deputado José Sperotto, é preciso retirar produtos que foram incluídos no modelo da Substituição Tributária. "Acabamos perdendo benefícios do Simples Gaúcho e a nossa mobilização é para reverter esse quadro. Tenho certeza que o governador terá sensibilidade para perceber a importância da geração de emprego e renda para o estado do Rio Grande do Sul", afirmou.
Durante o evento, o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, mostrou que, desde 2008, há uma diminuição no ritmo de geração de emprego inversamente proporcional ao aumento da arrecadação de impostos. Cada 1% a mais tributado no Simples Nacional significou uma redução de 1,38% na geração de empregos. Os setores mais afetados foram: comércio e reparo automotivos; alojamento e alimentação; artes, cultura, esportes e recreação; agricultura, pecuária e pesca e a indústria da transformação. Baseado em dados da FGV, há uma constatação de aumento de R$ 65 para R$ 113,5 bilhões em receitas sujeitas à Substituição Tributária. A estimativa é que o modelo afete aproximadamente 58% das micro e pequenas empresas, as onerando em relação à cobrança de ICMS.