Quase 100 pessoas lotaram o Pool Bar, do Hotel Sheraton, para acompanhar a palestra, que teve como mediador o sociólogo e diretor do Instituto Vonpar, Léo Voigt. Lideranças empresariais e formadores de opinião, entre outros convidados, ouviram de Beto Albuquerque, considerado um dos principais articuladores da campanha do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apresentou os desafios que despontam ao horizonte do Brasil, como a necessidade de investimentos em infraestrutura.
"Sabemos que haverá uma eleição polarizada entre dois partidos, o PT, que está no governo, e o PSDB, que vão ficar discutindo os últimos 20 anos. Nós queremos outra coisa. Buscamos debater o País das próximas duas décadas e, principalmente, como enfrentar os problemas", afirmou. Neste ponto, o parlamentar foi questionado por Voigt sobre como impor presença numa eleição em que o atual governo, da presidente Dilma Rousseff, "navega em céu de brigadeiro". Beto argumentou que essa não seria uma verdade absoluta, uma vez que os empresários não estão "tão contentes assim".
Em meio a discussões sobre a urgência das reformas políticas e tributária, Beto Albuquerque apontou para uma mudança mais ampla, no sentido de se efetuar uma reforma de Estado. "Será que precisamos mesmo de quase 40 ministérios? Ou ainda, termos 11 mil servidores só para analisar os convênios entre a União e os estados e municípios? Precisamos de gestão e meritocracia", afirmou o parlamentar. No seu entendimento, a adesão da ex-senadora Marina Silva ao PSB significa um novo modo de fazer política. "Não queremos manter os mesmos acordos e trocas de ministérios e cargos da política tradicional", enfatizou, descartando um possível duelo entre Marina e Eduardo Campos para a disputa da cabeça de chapa. Segundo ele, ao ingressar no PSB, a articuladora do partido Rede deixou bem claro que estava ali para se somar à candidatura do pernambucano à presidência da República.