Integrantes do Fórum de Educação da Agenda 2020 definiram como positivo o restabelecimento do diálogo entre a diretoria do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (ers) e o Governo do Estado. "Sem o diálogo entre os professores e o governo não existe avanço neste importante tema", ressaltou Martim Barboza, professor e voluntário do Fórum e coordenador da área de Educação Profissional da Agenda.
O voluntário lembrou, no entanto, que essa pauta não deve ficar limitada às questões salariais, que são importantes, mas que necessariamente não respondem a demanda da sociedade gaúcha por uma melhor qualidade de ensino. "A valorização do magistério é apenas um dos pilares a serem construídos, mas não podemos esquecer outros itens igualmente importantes como a avaliação da aprendizagem e a necessidade de mais recursos", afirma.
Neste sentido, o voluntário da Agenda apontou como contraditória a inclusão entre os pontos da plataforma apresentada pelo sindicato ao Governo, uma negativa a reforma da previdência dos servidores públicos estaduais. "Atualmente, no Rio Grande do Sul, 92% do orçamento da educação vão para a folha de pagamento, sendo que 56% deste valor são para pagar aposentados e pensionistas. Achar uma solução para esse desequilíbrio é jogar mais de dois bilhões de reais na educação gaúcha todo o ano", aponta.
A Educação Básica de Qualidade e a Educação Profissional, assim como a Reforma da Previdência, são projetos incluídos no caderno de propostas de ações prioritárias defendidas pela Agenda 2020. "O aumento de vagas na área da educação profissional é outro objetivo que deve ser exaustivamente buscado", finalizou Barboza.