Carrefour promove evento que aborda racismo estrutural

Imprensa brasileira e mais de 16 mil fornecedores e parceiros estiveram presentes para conferir ações e palestras de personalidades negras

Evento ocorreu no início da tarde de hoje, 28, e teve a proposta de apresentar diversas ações da rede de supermercados - Crédito: Reprodução

O Grupo Carrefour Brasil convocou a imprensa do Brasil e mais de 16 mil fornecedores e parceiros para acompanhar o encontro virtual intitulado de '#JuntosParaTransformar'. O evento ocorreu no início da tarde de hoje, 28, e teve a proposta de apresentar diversas ações da rede de supermercados, sobretudo na transformação em seu modelo de segurança. Outro objetivo foi abordar a temática de racismo estrutural, com a fala de personalidades negras, que relembraram o caso que ocorreu em novembro do ano ado, quando um cidadão negro foi morto por dois seguranças do supermercado, em Porto Alegre.  

Jornalistas gaúchos do portal G1, Rádio Guaíba, Gaúcha ZH, Correio do Povo, Ulbra TV e CNN, bem como a equipe de Coletiva.net, estiveram acompanhando o momento. A empresa anunciou a inclusão de uma cláusula antirracista em todos os contratos de fornecedores e uma política de tolerância zero ao racismo. Na abertura, o CEO do Grupo Carrefour Brasil, Noel Prioux, destacou a importância da discussão e lamentou o ocorrido. "É necessário promover a diversidade e combater o racismo, assim, podemos refletir e mudar pensamentos e comportamentos", ressaltou Prioux. 

Sobre racismo estrutural, o momento foi de Silvio Almeida, advogado, filósofo e professor universitário, que também é autor de diversos livros, um deles sobre o tema discutido. Em uma de suas falas, ele destacou que "precisamos mudar o pensamento e não só promover o ingresso de negros em lugares que ainda não estão ocupados, mas também dar valorização a eles para que ganhem destaque", enfatizou. 

Na ocasião, o Instituto Locomotiva apresentou uma pesquisa encomendada pelo Carrefour sobre a diversidade nas corporações brasileiras. O levantamento foi realizado por telefone com 1630 entrevistados, em 72 cidades do País, no mês de abril. De acordo com o estudo, ainda não há clareza na população sobre o caráter estrutural do racismo: cerca de 64% dos entrevistados acreditam que o racismo é fruto da ação de indivíduos e não de uma cultura de exclusão, e mais da metade (59%) entende que pessoas brancas também são vítimas de racismo. A pesquisa completa pode ser conferida neste link.

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