Anatel provoca consumidor a reclamar direitos

Gerente da agência regional analisou na Câmara os serviços prestados pelas operadoras

O gerente regional da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Jacob Bettoni, afirmou que a maioria dos usuários conhece pouco dos direitos garantidos por lei. "Só na telefonia móvel, temos 16 direitos dos consumidores. Acredito que muita gente não sabe nem a metade deles. É preciso que os usuários façam uso desses direitos. Por exemplo, aquilo que for cobrado indevidamente tem que ser devolvido em dobro pela empresa", afirmou.
Bettoni fez a declaração ao participar, na Câmara Municipal de Porto Alegre, de mais uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (I) que investiga os problemas no setor de telefonia. Ele discorreu sobre os parâmetros legais e os serviços que devem ser prestados pelas operadoras, na manhã desta quinta-feira, 20, no plenário Otávio Rocha. O técnico esclareceu que reclamações podem ser feitas gratuitamente para a Anatel pelo telefone 1331. "Fico pasmo quando dizem que tem 11 mil reclamações sem resposta no Procon. Já pedi para que enviem para nós, pois temos dado cinco dias para que as operadoras resolvam os problemas. Os usuários devem procurar seus direitos", reforçou.
Com relação à cobertura do sinal, a Anatel informou que, até o fim deste ano, Porto Alegre deve estar com o sistema 4G instalado e funcionando. "A meta colocada é de 50% da área do município. Até maio de 2014, deve cobrir 80% do território, como o 3G." Sobre a aplicação de multas, Bettoni garantiu que foram mais de R$ 200 milhões só envolvendo casos registrados pelo escritório regional da Anatel. "Elas são impostas às operadoras, mas há os recursos. As empresas levam até a última instância. Entretanto, o volume recolhido já chega a 10%, em torno de R$ 20 milhões."
A respeito do serviço, o gerente ressaltou que a resolução 575 determina que a velocidade média ofertada de banda larga, tanto fixa quanto móvel, deva ser de 60% da contratada, no mínimo. Em horários de pico, o percentual é de, pelo menos, 20%. "Uma infovia pode ser comparada a uma rodovia. Quando há muito o, não há condições de ofertar 100%. O exemplo é a freeway. O limite é de 110 quilômetros por hora, mas nos horários de pico, a velocidade cai. Às vezes, o tráfego para", explicou. 

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