Terminou nesta sexta-feira, 25, o 2º Congresso Nacional de Direito Eleitoral. Realizado desde quarta-feira, 23, no Teatro do CIEEE, em Porto Alegre, o evento tratou de esclarecer com propriedade as normas do setor, especialmente dentro do entendimento de que compreender os direitos eleitorais está entre as principais estratégias para uma campanha eleitoral vitoriosa.
Participaram do evento autoridades no assunto, que debateram temas como abuso de poder político em período eleitoral e a importância das redes sociais em uma campanha política. O promotor Rodrigo López Zílio, um dos palestrantes do Congresso, ressaltou que o eleitor tem que estar atento para atos ilícitos que ocorram pouco antes das eleições. Segundo ele, a justiça ainda peca na hora da punição.
Já Fábio Bento Alves, procurador regional da República na 4ª Região, ressaltou que a questão das doações para campanhas terão que ser revisadas caso o Supremo Tribunal Federal (STF) dê parecer favorável à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4650, que limita a doação de pessoas físicas e veta qualquer contribuição de pessoas jurídicas. "Isso implicaria em reduzir o tempo da propaganda eleitoral gratuita e também as estruturas para uma eleição", afirmou. Porém acredita que não entraria em vigor este ano, pois isso aumentaria o financiamento ilegal.
No sobre Pesquisas Eleitorais e Marketing Político, Margrit Saued, diretora do Instituto Methodus, e José Luiz Fuscaldo, publicitário e sócio da Agência Moove Comunicação Transmídia, destacaram o processo de pesquisa e sua importância, bem como posições no marketing. Relembrando as manifestações de 2013, Fuscaldo afirmou que o eleitor estará mais atento em 2014. "Em algum momento, o eleitor vai querer saber mais sobre o seu candidato", ressaltou.
O especialista em redes sociais, Alexandre Stumph, afirmou que esse meio de comunicação será de grande importância para uma candidatura de sucesso. Além disso, ressaltou que o candidato terá que ficar atento aqueles usuários que são influenciadores. "É importante trabalhar qualitativamente, ter nos seus contatos pessoas com quem interagir", assinalou.