'Coalizão Covid-19 Brasil' integra estratégia da OMS para pandemia
No encontro, estava presente Regis Goulart Rosa, médico intensivista e pesquisador do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre

A 'Pesquisa da Coalizão Covid-19 Brasil' reuniu na última terça-feira, 9, representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), para tratar sobre a Síndrome Pós-Covid. Profissionais da Saúde e pesquisadores participaram da reunião virtual, entre eles Régis Goulart Rosa, médico intensivista e pesquisador do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre. O encontro também marcou a preocupação com a Long Covid - fenômeno que revela impactos de longo prazo da doença.
A pesquisa 'Coalizão VII', da Coalizão Covid-19 Brasil, foi uma das cinco apresentadas no evento. Ela avaliou a eficácia e a segurança de potenciais terapias para pacientes com a doença no Brasil. Ela também analisa os impactos a longo prazo e a qualidade de vida, após a alta hospitalar de pacientes que tiveram a doença.
Goulart destaca que uma preocupação dos profissionais da Saúde no mundo todo é com, além de todas as consequências da pandemia de Covid-19, uma pandemia de incapacidade. "Os sistemas de saúde precisam se preparar para tratar sequelas e reabilitar esses pacientes. Temos observado desde problemas respiratórios, cardiológicos, neurológicos, fraqueza muscular, até estresse pós-traumático, ansiedade e depressão. A OMS quer organizar o que se tem de pesquisas e dados disponíveis para entender melhor esses quadros clínicos e definir estratégias para prevenir e tratar a Long Covid, explica.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que o trabalho de enfrentamento está no início e deve se estender por muitos anos. "Todos precisam, desde a Atenção Básica, conhecer os efeitos da infecção nas crianças, nos grupos de risco e em todos os grupos e entender os impactos sociais e econômicos desta enfermidade. É preciso garantir a reabilitação dos pacientes. Temos 800 centros de colaboração em diversas regiões e vamos pedir que incluam a Long Covid entre as prioridades", afirmou.