Vladimir Herzog é anistiado politicamente 50 anos após sua morte

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira

Vladimir Herzog foi morto durante a ditadura militar - Crédito: Agência Brasil

O Ministério dos Direitos Humanos oficializou a anistia política do jornalista Vladimir Herzog, 50 anos após sua morte durante a ditadura militar. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira, 18. Além do reconhecimento, o governo concedeu à viúva, Clarice Herzog, uma pensão vitalícia de R$ 34.577,89, em cumprimento a uma decisão judicial da 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, proferida em fevereiro.

A família Herzog pleiteou a indenização com base na Lei de Anistia de 2002, que prevê compensação para vítimas da repressão. O valor corresponde ao cargo de diretor do Departamento de Jornalismo da TV Cultura, posição ocupada pelo jornalista à época de sua morte.

Em abril de 2024, a Comissão de Anistia já havia concedido o reconhecimento e feito um pedido oficial de desculpas à família, em nome do Estado brasileiro. Em nota conjunta, o Ministério dos Direitos Humanos e a Comissão reafirmaram o compromisso com a memória das vítimas da ditadura militar.

O Instituto Herzog celebrou o reconhecimento da anistia e disse, em nota, que ele vem depois de uma "luta incansável por memória, verdade, justiça e democracia, liderada por Clarice". Para a entidade, esse ato é mais simbólico pois aconteceu em 2025, marco de 50 anos do assassinato do jornalista.

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