No palco principal do Fórum do Mercado e Indústria Digital (Find), promovido pela Associação Nacional do Mercado e Indústria Digital do Rio Grande do Sul (Anamid-RS), Liliane Ferrari sentenciou: "O Brasil ainda não acordou para o poder do Pinterest". Segundo a professora, consultora de Marketing e especialista em branding, são mais de dois bilhões de buscas por mês na plataforma, que reúne 45 milhões de brasileiros ativos. E argumentou: "O Pinterest não é sobre você, não é somente foto. É sobre o que você sente, o que você quer. É do on para o off. É para viver a vida, sem hater, sem crise. As pessoas querem ver produtos, não há tretas, brigas, nem discórdia".

Na palestra 'Pinterest: branding & performance - como a plataforma de busca visual entrega awareness e conversão para marcas', Liliane contou como vê a internet hoje, após perceber que muitos amigos deixaram de trabalhar neste ambiente. "Isso me proporciona algo que estudei nos anos 1990, e nunca achei que fosse possível: trabalhar de casa ou de qualquer lugar, esse é um estilo de vida que eu gosto muito". Para ela, a internet lhe deu tudo que tem na vida, e entende este ambiente como se fosse um terreno: "De terras mesmo, e eu sou uma produtora rural. Eu amo a minha terra,ela me deu tudo. Eu planto, quero sempre que aquela terra fique boa e eu possa plantar mais", comparou a palestrante. 

O diferencial do Pinterest

Liliane fez questão de avisar que o Pinterest não se trata de uma rede social, mas um buscador visual acionado com uma intenção, um contato genuíno com o interesse. Diferentemente das redes sociais, onde as pessoas postam onde estão e o que estão fazendo, contextualizar. "Você não precisa estar lá - no Pinterest -, pois está cuidando da sua vida. As pessoas entram para algo específico, para ver uma receita de uma salada que vai fazer em casa, ou como faz uma casinha de cachorro, uma maquiagem de Carnaval".

Além disso, a consultora de marketing reforçou que, no Pinterest não tem crise, não existem as chamadas 'tretas', não há xingamentos, não tem com quem discutir. "Alguém já viu uma briga lá?", indagou à plateia. Os argumentos serviram para que Liliane deixasse claro ao público que queria sair da palestra fazendo com que os tomadores de decisões colocassem a plataforma na estratégia digital das marcas. "A questão não é o número de seguidores, mas a comunicação que você faz com as suas pessoas", sentenciou.

A presença das marcas

Ao defender que a plataforma precisava ser considerada nas estratégias digitais, Liliane contou que dois terços dos conteúdos que existem no Pinterest são assinados por marcas, que elas são bem-vindas e os usuários gostam. Ao ponderar que as pessoas pagam para não ver publicidade, perguntou aos presentes quantos deles pagavam algum aplicativo sem interferência comercial, como Spotify, Netflix ou YouTube. "Todo mundo!", afirmou, completando: "Então, pensem que, quando falo de conteúdo de marca, estou me referindo a uma foto de produto, é o que as pessoas querem ver. São intenções diferentes".

Liliane também reforçou que a plataforma de marcadores visuais consegue fazer algo importante ao marketing: criar muitos conteúdos para chegar a uma conversão. E alertou que essa conversão não necessariamente será com a mesma pessoa, pois no Pinterest o processo é diferente. E sequenciou: "O usuário vai lá, vê na busca, acha legal, salva na pasta, a um tempo, volta na pasta e reflete se pode comprar ou não. Ou seja, um único conteúdo fez toda a jornada pra ele".

O time de jornalistas de Coletiva.net acompanha direto da Unisinos Porto Alegre o FIND, que trata sobre Branding e performance. Realizado em 29 de abril, esta é a primeira edição do evento. Durante o encontro, como media partner, são produzidas matérias e entrevistas para o portal, envio de newsletters especiais, drops em Coletiva.rádio, repercussão e materiais exclusivos para as redes sociais. A cobertura conta com o apoio da Prefeitura de Porto Alegre.