Pesquisa revela agressões contra jornalistas e veículos de Comunicação nas eleições de 2024 3f2d6a

Ataques aconteceram fora do ambiente digital, entre 15 de agosto e 27 de outubro 35q2x

13/12/2024 16:00
Pesquisa revela agressões contra jornalistas e veículos de Comunicação nas eleições de 2024 /Crédito: Reprodução

A Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor) divulgou um relatório nesta sexta-feira, 13, onde demonstra os ataques sofridos pela imprensa durante a cobertura das eleições municipais brasileiras de 2024. A pesquisa foi desenvolvida em parceria com o Laboratório de Internet e Ciência de Dados (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) Rio. O estudo analisou agressões contra jornalistas e veículos de Comunicação dentro e fora do ambiente digital, entre 15 de agosto e 27 de outubro. 355f2g

As mulheres jornalistas receberam 50,8% dos ataques registrados, mesmo representando 45,9% dos profissionais monitorados. No Instagram o número chegou a 68,3%, enquanto no X foi de 53%. De acordo com o levantamento, as críticas foram acompanhadas de insultos misóginos e comentários relacionados à aparência. Jornalistas negros também foram atacados. As capitais com os principais focos são Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo.

Além do ambiente digital, o relatório registrou 11 casos de violência física ou verbal contra jornalistas, abrangendo ameaças, agressões físicas, hostilizações, intimidações, discursos estigmatizantes, furtos de equipamentos e atentados a sedes de veículos. Muitos desses foram promovidos por agentes políticos ou estatais. Segundo a instituição, para monitorar casos de violência contra jornalistas, é preciso compreender a dimensão do impacto desses ataques na prática jornalística, além de fortalecer a função da mídia como vigilante do poder público.

Recomendações 

As recomendações do relatório mostram a necessidade de ações coordenadas para enfrentar os desafios, bem como propor medidas que incluem aspectos como: fortalecimento de políticas públicas para proteger jornalistas; responsabilização de agressores dentro e fora do ambiente online; revisão de práticas judiciais abusivas; e desenvolvimento de mecanismos mais eficazes pelas plataformas digitais para conter ataques digitais.