A Livraria Santos sedia a '2ª Sessão especial de autógrafos solidários', evento que será realizado nesta quinta-feira, 27, a partir das 19h, na Galeria Casa Prado, localizada na rua Dinarte Ribeiro, 148, bairro Moinho de Ventos, em Porto Alegre. O evento reunirá oito escritores gaúchos e será destinado à reconstrução das lojas alagadas pelas enchentes. O objetivo é ajudar a livraria a vender livros para recuperar o prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão, pela perda de 80 mil exemplares que foram inutilizados pelas águas que atingiram o depósito na avenida Brasil e uma loja do Canoas Shopping.

Em conversa com a equipe de reportagem de Coletiva.net, Jonatas Santos, dono da livraria, contou que a ideia de promover o evento surgiu enquanto conversava com escritores que queriam ajudar a reerguer a loja. "Não queríamos pedir doações ou PIX como outras empresas estavam fazendo, queremos proporcionar uma experiência para nossos clientes, uma oportunidade dos leitores irem até a livraria e terem contato com os autores", contou.

Conforme Jonatas, a expectativa é de um grande número de pessoas circulando pela livraria, devido à divulgação que está sendo feita, por ter uma base de clientes e por conseguir reunir os autores. São eles: Beto Carvalho, Fernanda Baumhardt, Fernando Guimarães, Letícia Wierzchowski, Marcelo Pires, Maria Valesca de Assis, Monica Maligo e Raccius Potter. "Além disso, a livraria é muito charmosa e bem localizada no coração do bairro Moinho de Ventos", explicou.

Sobre o evento

O evento é gratuito e não exige inscrição ou doação de qualquer espécie para participar, basta comparecer na loja, comprar livros, pegar autógrafo e tirar foto com algum autor preferido. "A Livraria Santos precisa disso para se reerguer e nada melhor do que fazer o que é nossa especialidade."

Segundo o diretor da Editora AGE e presidente da Câmara do Livro, Maximiliano Ledur, após receber o pedido de Jonatas, a empresa aceitou a ideia de imediato e colocou seus autores à disposição para participar dos eventos. "O principal objetivo é fazer com que o mercado volte a funcionar, que a roda volte a girar, e que todos se recuperem o mais rápido possível", disse.

Para Ledur, este momento é de suma importância para o setor, pois os livreiros vêm sofrendo com as mudanças tecnológicas, novas formas de compras, novos formatos de livros e com estas catástrofes. Além disso, a economia criativa sempre é a primeira a sofrer os impactos, e sem ela não há evolução. "Esses eventos fazem com que a população valorize e entenda a importância do livro, que é a base de tudo, para o seu desenvolvimento", concluiu.