Matéria atualizada às 13:25, de 05/04 2w1a6v
Um dos ícones do Fotojornalismo do Rio Grande do Sul, Ricardo Chaves, o Kadão, morreu no início da noite desta sexta-feira, 4, aos 75 anos. Kadão enfrentou um câncer na bexiga nos últimos sete meses. A morte do fotojornalista, que foi hospitalizado nesta sexta-feira, 04, no Hospital Moinhos de Vento, estaria relacionada com o estado de saúde decorrente da doença. A despedida dele deve acontecer no Crematório Metropolitano, em Porto Alegre, a partir das 12h deste sábado, 05. O profissional deixa a esposa Loraine Chaves, com quem era casado havia 51 anos, dois filhos e dois netos.
Kadão nasceu em 1951, em Porto Alegre. Ainda garoto, já sabia que o seu dom era a fotografia, quando registrava as primeiras imagens em competições de automobilismo pelas quais era fascinado. Em 1969, com 18 anos, começou a trabalhar no Departamento Fotográfico do jornal Zero Hora.
Carreira
Com uma longa jornada, é conhecido no mercado por suas imagens reais e cheias de informações. Além disso, possui ampla trajetória nos mais diversos jornais do Brasil. Isso porque se tornou fotojornalista de Zero Hora ainda no início dos anos 1970. Trabalhou, também, em outros lugares, como a sucursal do Jornal do Brasil. Em 1974, começou a fazer colaborações para as revistas Veja, Placar e Quatro Rodas, da Editora Abril.
Em 1976, foi contratado por Veja e, em 1981, ou a integrar a equipe da sucursal do Rio de Janeiro, da mesma revista. Trabalhou, depois, na revista Isto É, em São Paulo. Em 1988, foi para a sucursal de Brasília do jornal O Estado de S.Paulo.
Foi Editor de Fotografia da Agência Estado (SP) e do jornal Zero Hora (RS). Atuou como fotógrafo de muitas coberturas importantes, como os funerais de João Goulart e Tancredo Neves. Acompanhou as viagens de João Paulo II à Polônia e ao Brasil.
Além disso, participou de exposições individuais e coletivas mostrando suas fotos, bem como ministrou cursos e esteve à frente de consultorias.
Seu último trabalho foi em 2024, quando se despediu da Zero Hora, local onde atuava havia 32 anos. Na época, era o então editor e responsável pelo 'Almanaque Gaúcho'.