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11/12/2024 13:45
Cerca de 100 profissionais da imprensa foram mortos em todo o mundo em 2024 /Crédito: Banco de Imagens/Canva

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Pelo menos 104 profissionais da imprensa foram mortos, em todo o mundo, em crimes relacionados ao trabalho ou durante coberturas em 2024, entre eles 12 são mulheres. Os dados são de um balanço realizado pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), divulgados nesta terça-feira, 10, mesma data em que se celebra o Dia Mundial dos Direitos Humanos. 

Em 2023, a FIJ registrou 129 mortes, incluindo 14 mulheres, um dos anos com mais assassinatos de jornalistas desde que a lista começou a ser publicada, em 1990. Neste ano, o Brasil não contabilizou nenhuma morte. Mas na América Latina, foram seis, sendo cinco no México e uma na Colômbia. Na África foram registrados 8 assassinatos, quatro na Europa e 20 na Ásia. 

Pelo segundo ano consecutivo, o Oriente Médio lidera a lista com 66 jornalistas mortos. A guerra em Gaza e no Líbano vitimou 55 palestinos, seis libaneses e um sírio. O conflito responde por 60% de todos os profissionais da imprensa mortos em 2024. A guerra na Ucrânia contabilizou quatro jornalistas mortos em 2024, em comparação com 13 em 2022 e quatro em 2023. 

Para o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, esses números mostram mais uma vez o quão frágil é a liberdade de imprensa e quão arriscada e perigosa é a profissão de Jornalismo. ?A necessidade de informação do público é muito real em um momento em que regimes autoritários estão se desenvolvendo em todo o mundo. É necessária uma maior vigilância por parte da nossa profissão?, afirmou.