Alexandre de Moraes afirma que redes sociais só continuarão suas operações no Brasil se respeitarem a legislação do País
Discurso do ministro foi realizado na tarde da última quarta-feira, quando fez referência ao pronunciamento de Mark Zuckerberg

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que as redes sociais só continuarão suas operações no Brasil se respeitarem a legislação do País. O discurso de Moraes foi realizado na tarde da última quarta-feira, 8, fazendo referência ao pronunciamento publicado por Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Grupo Meta. Na ocasião, o empresário anunciou que a big tech encerrará o programa de checagem de fatos da empresa.
No pronunciamento, que ocorreu na sede do STF em Brasília, durante a cerimônia que lembrou os dois anos dos ataques à sede dos Três Poderes, o ministro destacou o papel das redes sociais nos atentados à democracia brasileira. De acordo com Moraes, as plataformas serviram de canal de disseminação de mensagens de ódio e de articulação golpista.
"Tudo isso surgiu a partir do momento em que, no mundo extremista, e principalmente extremistas de direita, eles se apoderam das redes sociais para nelas, ou com elas, instrumentalizarem as pessoas no sentido de corroer a democracia por dentro", ressaltou o ministro. Moraes nomeou como "populismo extremista digital" o movimento que usa essas plataformas para espalhar desinformação e manipular a opinião pública.
"A nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei", declarou o ministro. Conforme Moraes, não por outros motivos, os discursos racistas, nazistas, misóginos e de ódio voltaram, porque é essa a liberdade que os extremistas defendem. "A liberdade de extirpar qualquer diferença, a liberdade de comandar e mandar nos demais sem qualquer restrição", disse.
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