Subiram ao palco Banrisul GovTech, na tarde desta quinta-feira, 15, o presidente do Badesul, Claudio Gastal, e o diretor-geral de Tecnologia de Informação e Inovação no Banrisul, Jorge Krug. No 'Inovação ao alcance das pessoas', os executivos abordaram os pilares da transformação digital e a necessidade da sociedade acompanhar esse movimento.

Com um olhar voltado aos processos desenvolvidos pelo Banrisul, Krug comentou a respeito da necessidade de se ter uma estrutura organizacional alinhada ao mesmo propósito. "Se eu não der esse o, em algum momento, esse investimento poderá ficar capenga", destacou. O diretor ainda expôs alguns desafios enfrentados pela instituição financeira durante a pandemia, período que gerou uma maior aceleração em transformações digitais que levariam entre quatro a seis anos para ocorrerem naturalmente.

"Eu tive que oferecer serviços digitais para uma população que não estava preparada para eles", contou. A partir disso, relatou Krug, foi necessário promover uma adaptação rápida dos sistemas, "o que não foi fácil". Foi nesse movimento que o departamento capitaneado pelo executivo ou por mudanças. Anteriormente voltado apenas à Tecnologia de Informação, o setor abraçou também a Inovação: "Em dois anos, fizemos um grande movimento".

Estratégia, liderança, método e conhecimento

Para Gastal, a transformação digital precisa, necessariamente, ar por quatro pilares: estratégia, liderança, método e conhecimento. "Você precisa ter uma estratégia e, a partir dela, alguém que tenha a capacidade de mobilização e articulação. A transformação digital é transversal", comentou. Em relação à metodologia, é necessário um "acordo semântico" para que as pessoas de qualquer nível saibam o que está sendo feito. "E quando eu falo de conhecimento, não é só o técnico. Você precisa buscar isso na ponta e trazer para dentro", afirmou.

O presidente do Badesul também trouxe insights a respeito das transformações da pandemia: "Muitos dos resultados que o Rio Grande do Sul apresenta hoje são fruto das respostas que tivemos que dar naquele período". Ele citou como exemplo o sistema de georreferenciamento de imóveis e obras públicas, que surgiu como a plataforma de monitoramento dos leitos de hospitais. "Planejamento não é previsão do futuro, mas a capacidade de responder às incertezas", salientou.

Entre 15 e 16 de junho, a reportagem de Coletiva.net acompanha o GovTech Summit, realizado pela Moove, no Nau Live Spaces, em Porto Alegre. Com apoio do Banrisul, a equipe trará matérias e entrevistas exclusivas sobre o evento que visa conectar empreendedores digitais, startups e decisores do setor público, na busca de soluções para melhorar serviços e processos. Conteúdos especiais poderão ser conferidos nas redes sociais - Facebook, Twitter e Instagram -, além de drops em Coletiva.rádio.