"Está na hora do Brasil ter mais o às próprias riquezas", diz Margareth Menezes
Ministra da Cultura esteve na abertura do Festival de Cinema e concedeu entrevista coletiva sobre o setor audiovisual


Ao lado da secretária de audiovisual do Governo Federal, Joelma Oliveira Gonzaga, a ministra iniciou sua explanação relatando como estava a pasta quando assumiu. Segundo ela, "o cenário era de terra arrasada, com todo tipo de desmonte, servidores mal tratados e com a autoestima baixíssima". Por conta disso, afirmou que os esforços iniciais foram no sentido de retomar investimentos, incentivos e projetos que alavancassem a área.
Margareth pediu que Joelma falasse um pouco dos processos atuais, e ela explicou: "Estamos trabalhando em pautas regulatórias, com diretrizes e documentos de boas práticas. A ministra elaborou uma estratégia rápida com parlamentares e uma articulação muito eficaz". De acordo com a secretária, a equipe está trabalhando fortemente para que o setor seja ainda mais reconhecido e volte a ser relevante ao País.
Ao itir que o Festival de Cinema de Gramado "quase não aconteceu", Margareth salientou que sabe que há muito a entregar ainda, mas que o Ministério está olhando para os editais de eventos da área cultural. "Não é possível que uma iniciativa como essa, que tem mais de 50 edições, que é considerada a casa do Cinema brasileiro, sofra com a possibilidade de não ser realizado", garantiu. Disse ainda que existem no Brasil todo 371 festivais de Cinema, sendo o da Serra Gaúcha um dos maiores.
Ainda conforme a ministra, para atualizar as leis de incentivos, a equipe trabalha em critérios e parâmetros a partir desse mapeamento. Ela comentou também que pretende retomar a possibilidade de ações de patrocínio continuado, para que as iniciativas possam trabalhar com tranquilidade. "Também estamos olhando para a regulação dos streamings, que têm movimentado bastante o audiovisual. O principal objetivo, ao arrumar a casa, é o fortalecimento do setor."
"O Cinema transforma vidas"
Na coletiva de imprensa, Margareth Menezes contou que o Brasil tem feito esforços até mesmo internacionais para recolocar o País no mapa cinematográfico. itiu, porém, que sabe que é difícil criar uma legislação unânime, "mas é possível dialogar para cada país ter a sua". Na visão da ministra, o setor é um grande gerador de emprego e renda e, por isso, a ideia é que a cultura fortaleça o seu poder econômico.
Questionada sobre a sua relação com o Festival de Cinema de Gramado, a titular da pasta garantiu: "Já tinha vontade de vir como artista. Não pensava em vir como ministra, mas estou muito feliz por poder estar aqui". Com a missão de implementar políticas públicas, ela disse saber que não conseguirá resolver tudo, mas podem, sim, buscar estruturas maiores e melhores. "A meta é a redistribuição de recursos para que estes cheguem para todos. O cinema transforma as nossas vidas e o histórico brasileiro é lindo!", concluiu.
A equipe de Coletiva.net acompanha o 51º Festival de Cinema de Gramado, realizado de 11 a 19 de agosto, na Serra Gaúcha. Nessa edição, o apoio é da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que enviou quatro estudantes de Jornalismo e Produção Audiovisual para reforçar a cobertura. O público pode conferir matérias e entrevistas exclusivas sobre o evento no portal, repercutidas nas redes sociais - Facebook, Twitter e Instagram -, além de drops em Coletiva.rádio. Além disso, haverá conteúdos produzidos especialmente para a Coletiva.tv.