Nosso amigo o computador e sua turma 1m652h

Essa, provavelmente, será a crônica mais breve das que já escrevi. Estou num cybercafé porque foi daqueles dias com máquinas. Primeiro, no banco: bem … 5c1p13

07/07/2006 00:00

Essa, provavelmente, será a crônica mais breve das que já escrevi. Estou num cybercafé porque foi daqueles dias com máquinas. Primeiro, no banco: bem no meio do pagamento de contas via código de barras, o sistema caiu. Volta logo? Não se sabe, disse o garoto que teoricamente está ali para ajudar o cliente. Disse mais: melhor ir na sua agência. Ah, tá bem. Eu na zona norte teria de ir até o centro para fazer o que estava tentando evitar: perder tempo. Depois, problemas com o terminal doméstico. Isso e mais a virose com sinusite, deu uma sexta-feira e tanto. Mas o assunto, então, é era digital com o bom e com o ruim que tem para nós, mortais. Em especial os que ainda pegaram suas olivetti e remington e aprenderam a teclar nos computadores com o baixamento de matérias andando. Bom aprendizado. Até porque mais se escrevia a mão e corrigia a máquina do que outra coisa, nos tempos de antanho ? quem dos jovens jornalistas de hoje pode imaginar as laudas de 20 linhas e 70 batidas (não, ninguém falava em toques, toque era outra coisa?) que tinham de sair, teoricamente, impecáveis para o editor. Não saíam. Muitas vezes, na pressa, a gente cortava e recortava e colava com durex para evitar voltar à máquina e ver onde era mesmo o lugar do lead e onde os parágrafos se encaixavam. Estas coisas, assim como essa conversa, é papo de museu. Hoje, temos gigabites de poder para escrever maravilhas. Só que parece que tudo se complicou. Em vez de fax e releases datilografados ou até entregues feitos à mão (quem de nós não lembra de alguém chegando à redação e pedindo uma notinha com um pedaço de caderno a lápis ou caneta?) temos os mails. E são milhares deles. Centenas num mesmo dia. Quando fico bicuda de braba ao ver o mesmo texto reproduzido igualzinho em quatro ou cinco ou mais jornais e lido em todas as rádios e em todas as tevês, baixo a bola. Não é fácil acompanhar a enxurrada de correspondência eletrônica com informação que vem sempre acompanhada pela praga dos spams ou das mensagens mimosas de auto-ajuda (ou de ajuda empurrada goela abaixo) mandadas por um bom amigo que certamente tem menos a fazer que a gente. Eu tinha dito que esta seria a crônica menor de todas? Acho que o mau humor faz com que a gente escreva mais e mais e m ais. Vou parar. Antes que me queixe do que vi na Veja, nas páginas de cultura. Bom. Já que falei, vou contar: dois pontos em todos os textos a ponto de chamar atenção. Poderia até ser chamada, este tipo de redação, de textus interrompidos, tanto a gente tem de parar para começar a ver a idéia de novo. Num dos textos chegou ao preciosismo de ter dois pontos depois de um novo período. Dois pontos seguidos. É de matar! Mas, desculpem. A sexta -feira foi um porre. 64j5y