Seios fartos e pernas longas 73d5s

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29/08/2007 00:00

As heroínas de histórias em quadrinhos têm geralmente tipos fisicos idealizados: são muito comuns as personagens de cintura fina, seis fartos e pernas longas.Tudo isto em roupas justíssimas. E os homens são igualmente perfeitos. Segundo as pesquisas, isto se deve ao fato de entre 75 e 95% dos leitores serem do sexo masculino, bem como seus desenhistas. 3l254

"Atualmente, não há de fato muitas mulheres fazendo quadrinhos", diz Louise Simonson, que acaba de editar o livro "Comics Covergirls", que acompanha o percurso das heroínas que lutam contra o crime desde a Era Dourada dos Quadrinhos (década de 30) até as obras atuais que ressaltam as garotas poderosas e irritadas. O livro é fartamente ilustrado com as heroínas das capas de gibis.

Mamíferos entre dinossauros

"Os gibis são como mamíferos em meio aos dinossauros no universo das editoras", constata Simonson, ela própria sendo uma das raras mulheres desenhistas com sucesso. "Eles se alteram rapidamente em função das pressões sociais. Assim, quando a sociedade sofre mudanças, os quadrinhos se alteram velozmente a fim de seguir o rumo tomado pela sociedade". As revistas em quadrinhos respondem rapidamente às forças sociais e de mercado porque também podem ser produzidas rapidamente.

Ao contrário de um romance que tem apenas um criador, as revistas em quadrinhos são produzidas por uma diversidade de escritores e artistas de ano para ano. Geralmente, estes personagens são ados de um criador a outro há sessenta anos. Existe a linha geral coincidindo com a liberdade de criação. No decorrer do tempo, todas estas forças simplesmente alteram os personagens.

A saga de Lois Lane

Lois Lane, de "Super-Homem", a mulher-personagem principal desta revista em quadrinhos, ou por adaptações notáveis no decorrer do tempo. Na década de 1940 era uma mal-humorada repórter de jornal que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para superar Clark Kent no que dizia respeito a uma pauta jornalística, ainda que isso geralmente acabasse fazendo com que o Super-Homem tivesse que salvá-la.

O foco da personagem se deslocou para o romance na década de sessenta, quando as mulheres retornaram para casa e a moralidade americana aboliu  o sangue, a violência excessiva e as imagens sexualmente sugestivas das páginas dos gibis. "Pelo menos em duas capas Lois aparece sentada, pensando em como fazer com que o Super-Homem case-se com ela, o que era uma das principais preocupações da personagem", recorda Simonson.

Lois tornou-se uma mulher liberada nos final da década de 1960 e na de 1970. Em certa ocasião, chegou até a tentar terminar o namoro com o Super-Homem. No decorrer das décadas de 1980 a 1990, ela transformou-se numa versão moderna da personagem que foi em outras épocas, a repórter irascível. Simonson: "Ela tomou um rumo e depois voltou ao ponto de partida. Esta é uma das coisas interessantes sobre Lois e a agilidade das histórias em quadrinhos. O fato de ela ter retornado ao lar e depois voltado ao trabalho, como aconteceu com muitas mulheres".

Bastidores sem mulheres

Atualmente, não existem muitas mulheres fazendo quadrinhos, campo dominado pelos homens. Simonson, que é casada com o escritor de revistas em quadrinhos Walt Simonson , começou sua carreira profissional em 1974 na Warren Publishing. Ela ou de editora assistente a editora sênior da linha de gibis de terror da Warren, antes de ingressar na Marvel Comics em 1980 como editora. Em 1983, deixou a área de edição para começar a escrever histórias em quadrinhos.

Uma das razões para que existam poucas mulheres criando nesta área é porque as revistas em quadrinhos atraem muito mais os homens como leitores, e que crescem para tornar-se ilustradores e escritores de gibis.A  linha para adultos da Vertigo conta com muitas leitoras. Simonson: "Sua editora, Karen Berger, é muito talentosa. Acredito que nos próximos dez ou quinze anos haverá um fluxo de escritoras rumando para esta área do mercado de quadrinhos". (Com HQ Super-Homem, Marvel Comics, Comics Covergirls).