O sonho acabou 5y2g1j

De acordo com as estatísticas obtidas pela BBC-Brasil e NYT, dezenas de brasileiros formam grandes núcleos nos aeroportos americanos. Em Nova York e Nova … 1nz3v

01/04/2009 00:00

De acordo com as estatísticas obtidas pela BBC-Brasil e NYT, dezenas de brasileiros formam grandes núcleos nos aeroportos americanos. Em Nova York e Nova Jersey, as agências de viagens afirmam que as agens vendidas são somente para ida. Ou seja, os brasileiros não pretendem voltar porque consideram que a crise não tem tempo para terminar. "Temos medo deste furacão", dizem. 1f5g2y

As informações sobre o êxodo brasileiro foram obtidas junto a funcionários consulares, agências de turismo inundadas com pedido de reservas em voos e líderes comunitários em bairros que os brasileiros transformaram com sua presença, desde Boston até a Flórida.

Citado pelo NYT, o líder comunitário Fausto Rocha, fundador do Centro do Imigrante Brasileiro, diz que "seus compatriotas, muitos ilegais, estão deixando o país, e outros após perderem suas casas na crise de hipotecas de alto risco".

O consulado do Brasil em Miami relatou: mais brasileiros estão deixando a região do que chegando - numa reversão ascendente que parecia impossível de ser contida, quando entravam legal ou ilegalmente.

Um dos primeiros

Direto de Miami para Governador Valadares, onde estava sua família, foi o caminho seguido por Leonardo Correia de Bastos. Agora exclama que "não vale mais a pena viver nos Estados Unidos", depois de ar três anos como `wood floor` colocando pisos em casas e apartamentos. As encomendas começaram a escassear com a crise das hipotecas e, já no início de 2008, voltou ao Brasil. "Muitos têm vergonha de voltar sem dinheiro, porque a expectativa era a de "fazer a America", disse ele.

A crise chegou à Universidade

Em um apartamento em Cambridge, no estado de Massachusetts, Anar Sharma está muito tenso, numa prova de que a crise não atinge somente latinos e brasileiros. Terminando o mestrado no prestigioso MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), ele teme não encontrar emprego e ter que voltar a seu país.

Se os diplomados em ótimas universidades estão muito apreensivos, o que dizer da centenária Harward, um ícone na educação americana? Os trabalhadores sindicalizados estão criticando a Universidade por ter implementado medidas de redução de custos que provocaram a demissão de trabalhadores que  fazem alguns dos serviços mais duros.

Kevin Galvin, um porta-voz da Universidade, diz que "a instituição está sofrendo desafios fiscais sem precedentes", incluindo a imposição de um congelamento salarial aos professores e funcionários não sindicalizados. Gavin justificou a redução de custos em uma empresa terceirizada, que não quis se pronunciar sobre o assunto.