O "Eixo do Mal" completa-se 4n5110

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19/07/2006 00:00

O último membro do"eixo do mal" manifestou-se justamente na noite de 4 de julho, data nacional americana, com a Coréia do Norte lançando seis mísseis de médio alcance e um de longo alcance, todos caídos no Mar do Japão. A agência EFE realizou a grande cobertura sobre os reflexos imediatos da crise, como a euforia da Coréia do Norte. Mesmo com o fracasso com o lançamento, foi festejada em Pyongyang. 64545

Relatou também a ignorância da China em relação a intenções de seu apaniguado e a retirada da missão de Seul, da Coréia do Sul de Pyongyang. Tal como o Irã, Kim-Il-Sung, presidente ou "Amado Líder" (para seu povo) da Coréia do Norte, recusa-se a interromper seus programas nucleares. O "eixo do mal", cunhado pelos assessores de Bush há quatro anos e meio, está completo. Apenas Bagdá destoa um pouco, já que foi invadida e com os soldados americanos e ingleses recebidos com menos flores do que esperavam.

A CLÁUSULA NÚMERO SETE

A Reuters deu a posição americana com o enviado especial ao Japão, Christopher Hill, secretário-assistente de Estado para assuntos Ásia-Pacífico: "Eu creio que é essencial retomar os processos entre as seis partes" (China, Rússia, Coréias, Estados Unidos e Japão).

Afinal, o Japão é o mais interessado, porque os mísseis de Kim podem atingi-lo, já que caíram em seu mar. Pediu uma reunião da ONU ainda no sábado e a obteve, com o Conselho de Segurança, onde a China já reafirmou seu poder de veto à famosa cláusula número 7 que, em último caso, prevê o uso da força. Ela a usou apenas quatro vezes, sempre em relação a Taiwan.

CHAMAR A ATENÇÃO

A Der Spiegel levanta a hipótese - não tanto impossível - de que a Coréia do Norte queira chamar a Casa Branca para um diálogo mais concreto. A data escolhida não poderia ser mais significativa. A Press afirmou que continuavam na última sexta-feira, véspera da reunião do G8, intensas consultas para arrancar uma posição do Conselho de Segurança. O Japão obteve a reunião da ONU ainda no sábado, que resultou em "sanções" à Coréia do Norte, segundo a Press. Tais sanções seriam a proibição da venda de materiais nucleares à Coréia do Norte. "O Exército Popular da Coréia levará adiante o lançamento de mísseis", disse Yang Stafsi, ministro substituto de Relações Exteriores da Coréia do Norte. Os Estados Unidos foram irônicos. O embaixador americano na ONU, John Bolton, afirmou: "Este foi um dia histórico. Não apenas adotamos a resolução, a Coréia do Norte levou 45 minutos para rejeitá-la".

ENQUANTO ISTO, NO IRÃ

A causa do "não" parece estar vencendo entre os dois "eixos do  mal". Os repórteres Thom Shanker e Elaine Sciolino cobriram a reunião da União Européia em Viena, sobre o caso iraniano. A palavra "sanções" foi apenas sussurrada pelos corredores. E um pacote de propostas e incentivos, não explicitadas em acordo com o Irã.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Hamid-Reza Assefi,.insistiu na última semana que a Europa deve esclarecer "com rapidez as ambiguidades das propostas do Ocidente", informou a televisão local. Agora a bola está no campo dos europeus, contou a Press., citando o porta-voz. "A proposta (nuclear) será mais rápida se forem esclarecidas rapidamemte as ambiguidades que a proposta contém".

DEMORA PERNICIOSA?

O envolvimento da UE data de 6 de junho, quando teria oferecido um pacote de incentivos ao Irã. "Quanto mais estudamos, mas ambiguidades encontramos", diz Reza-Assefi. "E isto torna nossas respostas mais lentas". Além disso, Asefi esclareceu que estas questões duvidosas encontram-se em temas políticos e econômicos, assim como o uso da energia nuclear (programa do qual Teerã não abre mão). O Irã perece ter pouca pressa, já está em negociações. Não tendo a urgência da Coréia do Norte, que demorou apenas 45 minutos para dar sua resposta. Verdade que "sussurra-se" nos corredores apenas palavra sanções em relação ao Teerã, enquanto elas foram aplicadas à Coréia, ainda que apenas referente a equipamentos nucleares."Talvez porque queira chamar a atenção mais rapidamente", analisa Reuters.