Viva a evolução

Por José Antonio Vieira da Cunha

Bom dia, garotas e garotos. Adorei as novidades apresentadas na quarta-feira e que só hoje tive chance de ver e avaliar. Fiquei orgulhoso demais ao ver tantas novidades e a constante evolução do Coletiva.net. Fiquei levemente ciumento ao constatar que estou tão afastado de momentos importantes como este na trajetória do portal. E fiquei bastante feliz ao constatar, mais uma vez, que a empresa está em mãos e cabeças tão criativas e responsáveis. Viva o Coletiva.net!

Esta foi a mensagem que encaminhei à equipe do Coletiva.net, liderada por Márcia e Farias, a propósito das inovações  que o portal apresentou ao mercado na semana ada. Incluiu o lançamento da Coletiva.tv e a justíssima comemoração pelo um milhão de ouvintes únicos atingidos pelo Coletiva.radio. A estas boas notícias se somou o lançamento da nova edição da revista Coletiva Tendências - no formato impresso, uma bem vinda raridade no século 21.

E teve mais: como parceiros, Coletiva.net e a querida agência Moove apresentaram uma oportuna campanha em defesa da democracia e do voto, evidenciando que jornalismo e publicidade são relevantes sempre para o equilíbrio de uma sociedade. Se não viu, veja o vídeo aqui. Infelizmente não teve a acolhida de outros veículos, inclusive da tal mídia outdoor, para compartilhar o trabalho; entenderam, pelo que ouvi, que a mensagem adotava um posicionamento político-partidário, como se democracia não fosse um bem universal...

A publisher Márcia Christofoli sintetizou com felicidade o momento do portal ao destacar que o sentimento é de missão cumprida e que o Coletiva.net continuará produzindo conteúdos com seriedade e qualidade.

Ponto para o Jornalismo com jota maiúsculo nestes tempos conturbados que todos vivemos.

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Ainda como ecos da semana:

* É uma estupidez o percentual de crianças brasileiras que não sabem ler e escrever nem mesmo palavras simplórias como 'casa' e 'vovô'. É verdade que a pandemia em 2020 e 2021 atrasou o processo civilizatório, mas o que se sabe agora não tem justificativa para ser tão impactante: o índice de estudantes do segundo ano do ensino fundamental que não sabem ler aumentou de 15% para 34%. Mais do que dobrou em dois anos, evidenciando a crise que afeta a alfabetização. Agora é difícil calcular quantos anos serão necessários para recuperar o tempo perdido. É uma tragédia.

* O ataque selvagem à jornalista Vera Magalhães é outro momento triste da cena brasileira. Mais do que o despreparo de um político ensandecido, evidencia os perigos a que jornalistas e o jornalismo estão expostos em um ambiente tóxico como o que estamos vivendo. E lamentavelmente, graças às redes sociais, não faltam desmiolados jogando lenha nesta fogueira.

* A tal campanha pelo voto útil não merece aplausos nem apoio. Há quem considere o ato válido e democrático, mas entendo que é uma opção em que se abandona o candidato preferido ao mesmo tempo em que se contribui para enfraquecer o próprio sistema democrático. O eleitor tem o direito inalienável de decidir seu voto. Tenho dito.

* E a polarização que vivemos nesta eleição diferenciada não justifica que um diário importante como Zero Hora centre a atenção nos dois favoritos e rife as demais candidaturas. Democracia, teu nome não valida ações como estas.

Autor
José Antonio Vieira da Cunha atuou e dirigiu os principais veículos de Comunicação do Estado, da extinta Folha da Manhã à Coletiva Comunicação e à agência Moove. Entre eles estão a RBS TV, o Coojornal e sua Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre, da qual foi um dos fundadores e seu primeiro presidente, o Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul, a Revista Amanhã e o Correio do Povo, onde foi editor e secretário de Redação. Ainda tem duas agens importantes na área pública: foi secretário de Comunicação do governo do Estado (1987 a 1989) e presidente da TVE (1995 a 1999). Casado há 50 anos com Eliete Vieira da Cunha, é pai de Rodrigo e Bruno e tem cinco netos. E-mail para contato: [email protected]

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