Vamos de novo? Jogo decisivo à vista

Virada de ano, peru, etc. Um ano novo, como diz a psiquiatra Diana Corso em sua última coluna em Zero Hora (para a íntegra, …

Virada de ano, peru, etc. Um ano novo, como diz a psiquiatra Diana Corso em sua última coluna em Zero Hora (para a íntegra, clique aqui http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2358572.xml&template=3916.dwt&edition=11452&section=999), "é como caderno novo, parece uma chance de melhorar". Vamos topar a empreitada?


Mas como estamos para esta mudança? Estamos perdendo nossas causas. A grande causa ou a ser nós mesmos. Ideais? Onde? Desta forma, tornamo-nos indivíduos mais toscos e individualistas. Querer não enxergar a grande causa que é a humanidade na realidade termina por nos desumanizar. Lá pelas tantas, quando há um bombardeio em áreas da ONU, quando um bombeiro precisa usar a mangueira para lavar o sangue das vítimas de um bombardeio no asfalto, alguma coisa está errada.


Ligamos o automático, apertamos o botão do "foda-se", gradeamos as casas e estamos indo em frente. Mas o crack está aí, uma verdadeira epidemia, nas palavras do presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Paulo de Argollo Mendes. Não é por acaso. Se continuarmos neste ritmo, a bomba maior vai explodir. A violência invade nossas casas, por mais herméticas que sejam. Ela nos alcança. Somente se conseguirmos tratar a violência em suas verdadeiras raízes (e não de forma assistencial e superficial, como normalmente ocorre) é que enfrentaremos o problema e teremos chance de começar a tentar resolvê-lo.


Sinceramente, nem eu aguento mais esta conversa. Só que esta é uma daquelas conversas que teremos que ter. Conversar com a gente mesmo, conversar com os outros. Não tem jeito. O negócio é encarar o bicho de frente e, como diria Leonel Brizola, "meter o peito na correnteza". A gente pode continuar tentando varrer o lixo para baixo do tapete, só que o tapete já está quase estourando de tanto lixo embaixo. Os aliens estão saindo de baixo deste tapete.


Resumindo esta intensa mas confusa crônica: a ideia é parar tudo. Botar a bola no meio do campo. Encarar 2009 como o jogo decisivo. Esperar o apito do juiz e partir para o ataque. Partida decisiva. Precisamos dar de goleada.

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