Volto ao assunto Record News e o faço porque acho que a iniciativa merece uma atenção maior que o comentário sobre inauguração.

Tenho acompanhado boa parte da programação que está dividida em telejornais, telejornais regionais, entrevistas, esportes, variedades e documentários. No que toca à informação, ponto para a emissora: as pautas, mesmo que se repitam de um para outro telejornal, são consistentes, e notei mesmo uma preocupação em trazer assuntos sociais que em outras emissoras am batido quando focalizados ou nem mesmo aparecem. E mais: sem sensacionalismos ou puxação de saco para projetos governamentais.

A idéia dos telejornais regionais, com espaço e tempo amplos, é excelente. Dá voz ao local sem aquela diluição nem ao estilo nem ao conteúdo pasteurizado das coisas "do Centro do País". No nicho das entrevistas, muito bom o formato simples e que funciona do Entrevista Imprevista: tanto o apresentador quanto o entrevistado ficam à vontade para conversar, sem pressa , sem que isso represente tédio ou encheção de lingüiça. O papo com Renato Teixeira, por exemplo, não cansou. O Câmera Record, aproveitando material produzido fora, é um Globo Repórter melhor, longe daquele ambiente bichos-natureza que já está muito ultraado. E o Eliakim Araújo prova que está ainda muito bem no vídeo.

Gostei também da Fátima Turci e sua espontaneidade no Economia e Negócios. Quanto ao Entrevista Record, muito bom o Bastidores da Notícia, um achado que ninguém aproveitou até agora e que abre, para o telespectador, sem a afetação dos candidatos a repórter do Fantástico, o making of de um programa.

Na semana que vem, volto para falar de outros programas que vou acompanhar atentamente.

Único problema - e não sei se é problema da Net, aqui em casa - há um delay incômodo no ar. O mais estranho é que o som vem antes da imagem. Também estou achando complicado solicitar ao telespectador que e o site para ver os canais disponíveis para ver o Record News. De todo modo, é bom ver que há vida inteligente no telejornalismo brasileiro.