Sexo ou Internet?

Pesquisa recente da Intel, fabricante de microprocessadores, dá conta de que metade das americanas preferiria ficar duas semanas sem sexo a ficar sem Internet. …

Pesquisa recente da Intel, fabricante de microprocessadores, dá conta de que metade das americanas preferiria ficar duas semanas sem sexo a ficar sem Internet. Outra pesquisa feita junto aos ses indica que eles colocaram a tecnologia em primeiro lugar na lista das atividades de lazer preferidas, à frente do sexo e das relações amorosas (36%), da música, do esporte e das viagens. Em mais outra pesquisa, os britânicos revelaram que trocariam seis meses de sexo(ficariam na abstinência) se, ao final deste período, recebessem uma TV de Plasma de 50" .


Bom?algumas conclusões destas pesquisas. A primeira, claro, é que o sexo está perdendo não apenas de qualidade do ponto de vista mecânico, digamos, como - e principalmente - afetivo. A desimportância dada ao sexo chama a atenção. Ele, como atividade de prazer, lúdica, afetiva, está totalmente em baixa nestes países. Tal fato pode ser um indicativo da precariedade das relações humanas e afetivas que estão sendo estabelecidas nesta região. Não  fosse assim, e se tivesse o sexo o signficado mais profundo de uma relação entre duas pessoas, não aconteceria tamanho desprezo pelo mesmo.


Outra importante constatação a partir destas informações é a de que o apelo tanto da Internet quanto de itens de consumo estão tomando uma proporção exagerada e preocupante. Por que preocupante? Porque não podem nem a Internet e muito menos o consumo tomar lugar de uma relação humana. Há aí uma clara distorção de valores. E, mais do que isto, de importância. Claro que ninguém atualmente quer ficar sem Internet por duas semanas. Mas será que são coisas comparáveis, sexo e Internet? Há ainda um componente sexual na Internet. Através dela é possível ar sites pornográficos, estabelecer via softwares com o MSN, de comunicação instantânea, até relações "sexuais"(o chamado sexo virtual).


Para aqueles que lidam tanto com as relações humanas quanto com o consumo, está aqui um fato intrigante e ao mesmo tempo estarrecedor. Como lidar com esta questão sem ser preconceituoso, piegas, moderno demais, enfim, de maneira consciente, aberta e adulta? A ver.

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