Scorsese grava os Rolling Stones

O novo filme de Martin Scorsese o leva de volta de maneira descontraída a uma de suas maiores paixões: a música popular, o rock. …

O novo filme de Martin Scorsese o leva de volta de maneira descontraída a uma de suas maiores paixões: a música popular, o rock. Desta vez são os Rolling Stones o ponto de mira do cineasta americano, uma das referências nos últimos 30 anos da história do cinema mundial, amparado por uma obra tão sólida quanto heterodoxa: "Caminhos Perigosos", "Táxi Driver, "A última valsa", "Touro Indomável" e outros.


Scorsese, 64 anos, está dando os últimos retoques na que será uma das produções mais assistidas, senão certamente uma das mais valorizadas. "Shine a Light" é um retrato particular de Mike Jagger e seus três companheiros do Rolling Stones. O retrato visual e oral será rodado no presente, e estréia a 21 de setembro.


O nascimento do projeto


Também se deve lembrar que boa parte do projeto nasceu de um roteiro no qual ambos tinham trabalhado durante 8 anos. Segundo Scorsese, "trata-se de uma saga musical que, por sua vez, vinha de uma crônica do rock sobre a indústria do rock desde os anos 60 até os anos 90" . O projeto não só lhe agradou como levou Mike Jagger a co- produzi-lo. O cineasta  explicou detalhadamente o projeto há 25 dias ao jornal britânico "The Observer". Lembrou obrigatoriamente que Scorcese é um fã de longa data da banda inglesa e que não é estranho às virtudes das novas bandas do rock britânico, como "The Monkeys".


Por que os Stones agora?


A pergunta é respondida pelo diretor: "É difícil dizer. Também não vi qualquer razão. A questão da música me motivou. É que sua música me contentava, me encantava sem que os conhecesse pessoalmente". Em relação ao que une Jagger a Richards, também co-produtor, Scorsese afirma que são opostos: "Equilibramos tudo bem. São o yang e o yin do grupo".


E os Stones do século 21 ainda representam a chama da rebelião contra o sistema que representaram na década de 60? "Só quando é verdade que suas músicas procedem dos blues. É porque os blues refletem certos aspectos que temos como seres humanos. E uma pessoa reage a isto ou não".


O grande desafio


Para muitos fãs, a "Última Valsa", filmado em 1978 com o grupo "The Band", é o melhor filme de rock da história do cinema. "Os dois filmes são muito diferentes", acha Scorcese. "A Última Valsa" foi uma espécie de elegia, enquanto "The Band" "significava para mim a melhor música que o rock poderia produzir". Em "Shine A Light", os Rolling Stones "continuam presentes agora mesmo em minha mente. E os vejo tão vitais como se estivessem nos anos 60 e pouco depois nos jovens dos anos 70. O que há de subjacente em meu filme é que fala de algo que continua sendo presente, e esse é o grande desafio".


Tudo isto acontece porque os Rolling Stones formam uma das mais importantes bandas de rock inglesas. Apareceram pela primeira vez em cena na década de 60. Liderada por Mick Jagger e Keith Richards, a banda jé vendeu 250 milhões de álbuns ao redor do mundo e continua sendo uma das mais destacadas em matéria de turnês mundiais. Durante a década de 60 tiveram muito sucesso com as músicas "Satisfaction" e "Sympathy of The Devil". Entre 1967 e 1972 gravaram seus álbuns mais emblemáticos, "Sticky Fingers", "Beggar Banket" e "Exile on Main Street".

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