Revisitando a terra natal
A cidade natal. Essa a gente guarda na memória. Ruas antigas, inúmeras etnias, muitas lojas comerciais – com o predomínio atual das farmácias. É. …
A cidade natal. Essa a gente guarda na memória. Ruas antigas, inúmeras etnias, muitas lojas comerciais - com o predomínio atual das farmácias. É. O povo parece andar adoentado. Sinais do tempo? A corrida eleitoral, por aqui, em Rio Grande, terminou com uma surpresa: a dupla vitória de Lula e Olívio parece até reviver antigos tempos, anos 50, quando chegou a ser conhecida como "Cidade Vermelha". Naquela época, já havia o embrião de uma Frente Popular.
As comemorações foram calientes: pancadaria para todo o lado = na área do velho Canalete, em particular.
Todos descarregavam a adrenalina contida. Uns gritavam "Ieda", governadora eleita. Mas choravam a esperada derrota de Geraldo Alckmin. Os petistas e seus aliados, por sua vez, partiram para o confronto. Se venceram com Lula, perderam com Olívio. Coisas da política?
A pancadaria correu solta, no centro de Rio Grande, desde o final da tensa apuração, na noite de domingo, 29;10.2006. Já esta segunda-feira transcorreu em clima de ressaca eleitoral: desde cedo, pelas 8h da matina, as ruas vazias, e o comércio inativo.
Peleias eleitorais à parte, o ritmo tanto no Centro como no Distrito do Cassino permanece quase inalterado.
A exceção, é claro, são os trágicos acidentes de trânsito. Em uma semana, morreram já três pessoas. E coincidência, ou não: todos os desastres com vítimas aconteceram na rodovia estadual, que liga Rio Grande ao Cassino.
No más, Rio Grande exerce um certo fascínio. Para os forasteiros. Eles chegam a se perder, flanando pelas estreitas calçadas e amplas avenidas. Mas também quem aqui nasceu, os "papa-areia" (uma denominação pejorativa, procedente da vizinha e antigamente próspera e aristrocrática Pelotas).