Reação urgente!

Por Rafael Cechin

Entra semana, a semana, vem fim-de-semana, termina o domingo, é a mesma coisa sempre: a dupla Gre-Nal só piora. Não dá esperanças. A expectativa pela evolução dá lugar à realidade do atraso, rodada após rodada. Não só estamos virando coadjuvantes, mais uma vez, como já vejo torcedores tocando flauta por estarem um na frente do outro na classificação. Quanta idiotice! Os nossos dois principais clubes estão disputando espaço na segunda página do Brasileirão.

O alívio na vitória sobre o Bahia deixa o Grêmio fora da zona de rebaixamento e com menos pressão para os jogos até a parada em junho para o Mundial de Clubes. O futebol está longe, muito longe, de ser o ideal mas conquistar três pontos é fundamental nessa fase de construção do trabalho do Mano Menezes.

O time pelo menos parece ter ganho mais consistência defensiva, sem tomar gol no último domingo na Arena. Do meio para a frente é que as coisas não estão se encaixando. O gol de pênalti do Braithwaite teve polêmica de arbitragem desta vez a favor do tricolor e produziu muito pouco além disso.

Não dá pra eleger destaques no elenco gremista. Não tem. A comissão técnica terá uma dura missão para mudar a situação e eu sinceramente tenho dúvidas se o Mano e seus auxiliares ainda são capazes de dar algo melhor. A reação é mais do que urgente. Já ou a hora.

No Inter é uma tristeza ver o time jogar até agora nas principais competições de 2025. Se esperava muito mais. Tudo bem que o desgaste do calendário forte levou a muitas lesões, em alguns dos principais jogadores. Mesmo assim, nada justifica o time do Roger tão devagar na transição e demorando para se ligar nos jogos. Criou a péssima mania de levar gols no início em quase todas as partidas, precisa correr atrás do placar e acaba cansando mais.

Outro hábito muito ruim é tocar a bola para o lado ou para trás. Dificilmente o colorado engata um contra-ataque, porque os jogadores travam, para tocar a bola de forma improdutiva na maior parte do tempo. E tem mais um defeito: o time se contenta com o empate. Diante do Sport, no domingo, foi assim. Fica muito para trás no Brasileirão. Não tem como ser diferente com o futebol que joga. Precisa reagir também.

Por onde a a tão esperada reação? Pela imposição! Os treinadores, dirigentes, jogadores precisam trabalhar olhando para cima, não para o mesmo lugar, muito menos para baixo. Necessitamos fazer diferente. Ainda dá tempo.

Autor
Jornalista graduado e pós-graduado em gestão estratégica de negócios. Atua há mais de 25 anos no mercado de comunicação, com agem por duas décadas pelo Grupo RBS, onde ocupou diversas funções na reportagem, produção e apresentação, se tornando gestor de processos e pessoas. Comandou o esporte de GZH, Rádio Gaúcha, ZH e Diário Gaúcho até 2020, quando ou a se dedicar à própria empresa de consultoria. Ocupou também, do início de 2022 ao final de 2023, o cargo de Diretor Executivo de Comunicação no Sport Club Internacional. Atualmente mantém a própria empresa, na qual desde 2021 é sócio da Coletiva,rádio, e é Gerente de jornalismo e esporte da Rádio Guaíba.

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