Que chegue logo o mês de junho

Por Márcia Martins

A semana se apresentou com um cenário colorido de possibilidades de encontros, encantos e enternecimentos. Simplesmente porque abri todas as janelas da alma onde guardo os sentimentos e deixei invadir minha rotina a esperança de um novo mês que se aproxima. Com a chegada de junho, logo ali, daqui a sete dias, meu coração se aqueceu e já despejou, por antecipação, todas as mazelas que me acompanharam desde o dia 10 de maio, quando começou o meu inável inferno astral. Período em que me senti cansada, esgotada, em que tudo parecia desajustado, fora do eixo, pronto para dar errado.

Sim, esta que vos escreve aqui semanalmente, é uma geminiana das mais representativas, mesclando as características dos que nascem sob o charme do terceiro signo do zodíaco. Dizem que os (as) geminianos (as) são pessoas alegres, divertidas, com um poder de transformar o ambiente onde se encontram, comunicativas, amigáveis, curiosas e intuitivas. Se eu confessar que sou tudo isso acima, quem me lê irá dizer que sou também presunçosa. Então, vou me omitir. Apenas vou reforçar que adoro ser paparicada, mimada, lembrada e receber afetos.

Por isso, quando olhei no calendário oculto no lado direito inferior do notebook e percebi que na próxima quarta-feira se inicia o mês de junho, o meu preferido, e que no dia 9 eu faço aniversário, imediatamente entendi que era o "start" para fazer valer todos os instantes desta existência que me é dada. Jogar fora as preocupações, perdoar os chatos do telemarketing de banco que não cansam de telefonar, esquecer de todos equipamentos eletrônicos que estragaram aqui em casa, das louças que quebrei, das dores que me assolaram e de qualquer mal que andou rondando.

Com a chegada de junho, do meu aniversário, de promessa de vida em meu coração, resolvi inaugurar uma fase mais positiva, mais plena, mais exitosa. E antes mesmo de terminar o tal do inferno astral. Vou é antecipar o que chamam de paraíso astral, que é o inverso do período ruim, com muita alegria, energia boa, leveza e sorte. Pela astrologia, o meu paraíso astral ocorre somente no signo de libra, que começa no dia 23 de setembro. Mas, por decreto assinado pela Márcia Fernanda Peçanha Martins, ele entrou em vigor exatamente hoje, nesta quarta-feira, 25 de maio.

As razões são inúmeras. Muitas de cunho extremamente pessoal e nem cabem aqui serem elencadas. Mas vou me permitir citar a mais importante. Pelo menos a que assumiu a liderança da minha lista desde 16 de março de 2020, data em que deflagrei o meu confinamento para fugir da Covid-19. Num País em que morreram mais de 666 mil pessoas em decorrência do Coronavírus, comemoro a vida. E isso é tão significativo que nada mais precisa ser dito. Assim como o poeta Mario Quintana, o que atravessei nestes dois últimos dois anos, me mostraram que "eu não tenho paredes, só tenho horizontes". 

Autor
Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), militante de movimentos sociais e feminista. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou sua carreira profissional, e teve agens por Zero Hora, Correio do Povo, na reportagem das editorias de Economia e Geral, e em assessorias de Comunicação Social empresariais e governamentais. Escritora, com poesias publicadas em diversas antologias, ex-diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre (COMDIM/POA) na gestão 2019/2021. E-mail para contato: [email protected]

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