Extremamente frio, muito longe do centro do sistema, com um ano que dura mais do que noventa mil dias de 24 horas e um dia próprio de 153 horas, Plutão acaba de receber mais uma má notícia: foi rebaixado. Deixa de ser um planeta, a a ser um planeta-anão.

Astrônomos do mundo inteiro reuniram-se nesta semana, na República Tcheca, e tomaram a decisão.

Identificado em 1930, pelo cientista Clyde Tombaugh, O pequeno planetinha ficou no grupo dos grandes durante 76 anos, foi derrubado por uma decisão elitista.

Outros três astros, do mesmo porte de Plutão, reivindicavam ascensão. Para evitar o paradigma a queda foi a solução.

Um novo filtro foi criado: um planeta, para ser considerado como tal, precisa ter uma órbita na qual não trafegue outro astro de maior porte. Usaram Netuno para desbancar Plutão.

E agora?

Como fica a astrologia? Aqueles que pertencem a signo regido pelo ex-planeta como ficam? Devem sentir-se diminuídos? Dá até para imaginar a flauta: "sou regido por Júpiter, um planetão, tu és regido por um planeta-anão?". Quantas horas de análise serão necessárias para recuperar o paciente?

E a técnica mnemônica, como fica? Aprendi a decorar os planetas e sua ordem com uma frase, minha-vó-tem-muitas-jóias-só-usa-no-pescoço. Agora a frase, sem o pescoço fica sem sentido. Aceitam-se sugestões.

No Rio Grande do Sul, esperam-se, ainda, reações de solidariedade. Uma parte do Estado, acostumada a torcer por um time que, tal qual um cometa, aparece na Segunda Divisão a cada determinado período, tende a manifestar-se em defesa do rebaixado planeta.

Esperemos?