Peremptório fiasco

Faz um quarto de século que conheci Paris. Antes de me levarem para conhecer a Torre ou o Arco, meus amigos sugeriram uma visita …


Faz um quarto de século que conheci Paris.


Antes de me levarem para conhecer a Torre ou o Arco, meus amigos sugeriram uma visita ao Centro Georges Pompidou, o hoje famoso centro cultural estava sendo inaugurado no início dos anos 80.


Se hoje sou meio jaguané, na época era jaguané por inteiro: no acervo, fui logo procurar fitas, vídeos e outros materiais relacionados com o Brasil.


Achei pouca coisa. O que mais me chamou a atenção foi um documentário chamado "Brasil - Tortura". O governo militar estava nos seus estertores, mas aqui não se tinha o a depoimentos como aqueles.


Brasileiros contavam detalhes das práticas dos porões da ditadura militar, que na busca das informações não poupava seus prisioneiros.


Assisti o documentário sofrendo. Embora sabendo que ninguém era anjo, não podia aceitar a violência do Estado contra o cidadão.


Morri de vergonha de ser brasileiro!


Esta semana este sentimento voltou com a mesma intensidade. Apesar do Brasil não dar grandes motivos para orgulho, acabei acostumando-me a nossa mediocridade enquanto nação; entretanto o abrigo dado a um juramentado terrorista, pelo Desgoverno Brasileiro enxovalha o enxovalhado.


Para agravar há que considerar que este peremptório flagelo incrustado no Ministério da Justiça e que determinou o asilo ao assassino italiano, entregou à ditadura cubana dois atletas daquele país que pediram asilo, há menos de um ano.


Explicações para esta atitude, que inseriu o Brasil no rol dos países que dão abrigo ao terror, podem ser várias, sendo que todas têm em comum o fiasco internacional.


Pode ser a tal aliança entre as esquerdas, que entende que, em nome do socialismo pode tudo. Pode ser a ótica esquerdista que entende que Pinochet foi um ditador e Fidel Castro o libertador do povo cubano. Pode, ainda, ser pura visão estratégica: eles esperam é reciprocidade no futuro.


Vão morar na Coréia do Norte ou no Irã?

Autor
André Arnt, diretor da Coletiva EAC, é de empresas, consultor e professor universitário. Coordenou cursos de pós-graduação nas áreas de negócios e marketing. Atua como consultor em estratégia empresarial. É colaborador da Coletiva.net.

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