Oscar no Carnaval
Por Renato Dornelles

Quem curte cinema e carnaval, como eu, desde já vive um grande dilema. Daqui a pouco menos de um mês (26 dias, levando-se em conta que fevereiro tem só 28), será realizada a cerimônia do Oscar, com uma participação brasileira jamais vista, com três indicações para a estatueta. Será em 2 de março, um domingo.
Na mesma noite, no sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, pelo menos duas fortes candidatas ao título do Carnaval carioca estarão desfilando. E praticamente no mesmo horário, considerando-se o fuso, da festa do cinema: Imperatriz Leopoldinense (campeã em 2023 e vice em 2024) e Unidos do Viradouro (vice em 2023 e campeã em 2024).
Claro que os cinéfilos mais apaixonados pela sétima arte e pouco ligados ao Carnaval dirão que a escolha é fácil. E o mesmo ocorre em relação aos aficionados pelo chamado "maior espetáculo da Terra" e nem tão ligados ao cinema.
Mas para mim, a escolha é difícil. Gosto tanto de um quanto de outro. Trabalho há mais de três décadas jornalisticamente com Carnaval e há mais de uma com produção de cinema. Assistir, acompanhar, vibrar, lamentar, tanto em um como em outro caso, faz parte da minha rotina e da minha lista de gostos pessoas.
Até o dia 2 de março, vivo este dilema, de como conciliar duas coisas importantes e simultâneas. Mas ito que é um ime dos bons. Pior seria não ter nenhuma dessas opções.