Olhar pra trás. Ou pra frente? 1t6h5c

Por Flávio Paiva 322v1b

05/08/2021 18:01
Olhar pra trás. Ou pra frente?

O presidente do Grêmio convocou o Conselho e também o Conselho Consultivo para ajuda-lo a ver o que está ocorrendo com o time, que está numa fase. E os destinos a traçar, as decisões a tomar. 5v1ml

Fiquei então pensando sobre isso. Os clubes, não só o Grêmio, fazem isso. Convocam os notáveis, aqueles que já aram por experiência semelhante, para ajudar a decidir. Para traçar estratégia. E então me pergunto: não deveriam também ser os novos convocados?

Antes que me acusem de negar o ado e as conquistas, desvalorizar, muito pelo contrário. Acho que a trajetória dos que nos trouxeram até aqui merece respeito, memória e espaço sempre. Reflexão inclusive. Então, não se trata disso. Mesmo.

Mas fiquei pensando que nessas ocasiões, não seria também ouvir aqueles que podem ter novas referências, visões, contribuições? Escutar onde veem que as coisas podem ser feitas de uma outra forma, ou aprimoradas, ou para que tragam só ideias que podem ser consideradas malucas, num primeiro momento, mas que depuradas, podem se transformar em bem interessantes, viáveis e vencedoras?

Ou ainda, trazer para a reflexão de que outras dimensões (como a humana) pode estar contribuindo tanto para o jogador, técnico, dirigentes, torcedores? Claro que nesse caso específico, um clube é pautado pelas conquistas. E que (sei por experiência própria) fazer gestão e marketing de um clube que não está tendo conquistas é um desafio.

Mas mesmo nesses momentos, trazer o uso de novas ferramentas tecnológicas, bem como utilizar a memória, acervo, de um clube, pode trazer material e até produtos muito ricos e que podem servir tanto para emocionar quanto para gerar faturamento.

Essa reflexão que estou fazendo com um foco em clubes de futebol é aplicável às organizações de um modo geral. Acho que o mix geracional (entre outros) pode contribuir demais para a evolução, crescimento e enfrentamento de momentos críticos. Ou mesmo no dia a dia das organizações, com contribuições importantes dos dois.

Os mais experientes, trazendo exatamente o que aram, como enfrentaram, onde tiveram sucesso e onde tiveram fracasso. Já os mais novos, com outras referências, sem o peso tão grande da responsabilidade, podem ser mais leves e trazer outras ideias.

A grande conquista é fazer com que haja uma construção resultante. Não a vitória de um dos lados. Se entrar nesse modo ganhador x perdedor, aí desanda a maionese. Mas se houver uma mentalidade de construção conjunta, de respeito de lado a lado, de cabeça mais aberta, existe um promissor caminho para o êxito.