A 2ª rodada do Brasileirão pode ter mostrado uma dura realidade aos gremistas, ter dado esperanças para o lado vermelho. Os resultados e, mais do que isso, as atuações de sábado e domingo reforçaram a tendência de que a gangorra está desequilibrada. O Inter está encaixado e o Grêmio abaixo do que todos esperam e a torcida merece. O lado positivo é que ambos estão bem no que interessa no início do campeonato: o número de pontos conquistados.

A liderança dos colorados nesta fase do Brasileirão é muito perigosa, porque leva a uma falsa impressão de que é o melhor time. Não é. Segue evoluindo nas mãos de Roger, o elenco realmente está crescendo de produção, os destaques Alan Patrick, Bernabei, Valencia, Fernando e Borré brilham cada vez mais, mas ainda há muito para ser construído até o fim da temporada. Não dá para se enganar. Flamengo e Palmeiras estão iguais na tabela e são melhores. O 3 a 0 fácil sobre o Cruzeiro teve, é bom lembrar, uma ajudinha da arbitragem com expulsão injusta no adversário. De qualquer forma, o domínio colorado já acontecia com o mesmo número de atletas, só aumentou com um a mais.

Na classificação o Inter está empatado na pontuação com quase metade dos times. O que importa depois de duas rodadas é estar no bolo. Ao longo do ano, precisa permanecer ali, para nas últimas sete ou oito partidas definitivamente dar mais atenção para qual posição ocupa.

O lado azul da nossa gangorra tem mais preocupações depois da derrota por 2 a 0 diante do Ceará. Claramente há uma involução no trabalho de Gustavo Quinteros, que começou bem, degringolou com classificações sofridas na Copa do Brasil e no Gauchão, parece ter piorado mais ainda quando perdeu no Gre-Nal. A semana ada até teve vitórias nas estreias do Brasileirão e da Sul-Americana, mas as atuações foram fracas.

O Grêmio também está no bolo dos líderes, com só um ponto abaixo dos primeiros. Essa é a ótima notícia. O problema é que, lamentavelmente, parece que a era Quinteros começou a terminar. A queda de rendimento jogo após jogo eleva o nível de desconfiança de torcedores e da imprensa. Restam poucas explicações para a direção, que já errou lá em janeiro demorando para contratar o substituto de Renato e com reforços que não embalaram.

Os próximos dias têm duelos pela Sul-Americana e pelo Brasileirão. O que importa? Pontuar. Mais adiante, os dois principais clubes do Rio Grande do Sul vão precisar conferir suas posições. Para avançar. Sempre.