O perigo amarelo
Na última quinta-feira, quando encerrou sua visita a Mombai, o presidente chinês Ju Jintao garantiu que se a Índia e a China se unirem, …
Na última quinta-feira, quando encerrou sua visita a Mombai, o presidente chinês Ju Jintao garantiu que se a Índia e a China se unirem, a Ásia será a potência dominante no século XXI. A notícia foi dada pela agência Press, mas, estranhamente, a mídia em geral, aqui no Brasil e no exterior, não deu o devido destaque a esta previsão de futuro.
O importante é que a sugestão de Jintao foi bem aceita pelo presidente da Índia, que afirmou: "Agora somos amigos. Chineses e indianos vão sim incentivar seu intercâmbio comercial". Então é isto. Os dois gigantes que mais crescem no mundo estão sedentos de produtos energéticos. Depois de dez anos da guerra no Himalaia, voltam a ser amigos. Não à toa, "Paz para crescer" é o lema chinês.
SUPERPOTÊNCIA
A dificuldade que os dois governos vão enfrentar é uma evidente resistência vinda exatamente de setores produtivos. Embora a Índia dê demonstrações claras de que pretende tornar-se uma superpotência, nos últimos anos industriais e comerciantes têm sido contrários a uma aproximação acelerada. Entendem que a China está em um estágio mais avançado e poderá querer absorver setores importantes da economia indu. Nem a existência de acordos entre os dois países acalma as apreensões.